CONGRESSO

Maia admite que CCJ deve ficar para depois do carnaval

Presidente da Casa afirmou que precisa conversar com o PT para fechar o desenho das comissões permanentes

Estadão Conteúdo
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Publicado em 25/02/2019 às 16:32
Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados
Presidente da Casa afirmou que precisa conversar com o PT para fechar o desenho das comissões permanentes - FOTO: Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu que a instalação da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) deve acontecer apenas depois do Carnaval. O colegiado é a porta de entrada da maioria dos projetos que passa pelo Congresso, inclusive a proposta de reforma da Previdência. É nesta instância que os deputados avaliam se o projeto é constitucional ou não.

Havia uma perspectiva de que a CCJ fosse instalada na terça-feira (26). No entanto, Maia disse que ainda precisa conversar com o PT para fechar o desenho das comissões permanentes da Casa. A CCJ será presidida pelo PSL e o partido ainda discute quem será o presidente indicado.

Maia negou que irá aguardar o envio do projeto de lei que definirá as regras para a aposentadoria dos militares para que seja a instalada a CCJ, mas admitiu que há apreensão, por parte do parlamento, para o envio do PL. 

"Avisei Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil que havia incômodo em relação ao PL dos militares. Falei que governo tinha minha palavra de que o PL dos militares será votado logo após a votação da emenda constitucional da Previdência", disse Maia a jornalistas ao chegar na Câmara, no período da tarde, para a reunião de líderes.

Previdência

Maia afirmou que não acredita que instalar a CCJ após o Carnaval atrase a tramitação da Previdência. "Será só mais uma sessão", comentou. 

Ele disse também que isso pode dar mais tempo ao governo organizar sua base. "Organização do governo ainda está lenta", comentou. Há uma série de críticas entre parlamentares sobre a falta de diálogo entre o governo Bolsonaro e a Casa. "Não dá pra votar (admissibilidade) de qualquer jeito, porque hoje há o risco de ter um resultado não favorável para a emenda constitucional."

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