A presidência do Senado Federal, comandado por Davi Alcolumbre (DEM-AP), exonerou a jornalista Elisangela Machado dos Santos de Freitas, que disputou uma vaga na Câmara dos Deputados como Elisa Robson (PRP-DF) no ano passado, e estava lotada no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PSL-SP).
Fundo de financiamento
Elisangela é a administradora do perfil República de Curitiba, página simpática ao governo de Jair Bolsonaro, que recentemente patrocinou ataques ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em fevereiro, a Folha de S. Paulo mostrou que segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Elisangela recebeu R$ 25 mil do fundo criado para financiar campanhas políticas e sua maior despesa, R$ 14,9 mil (59% do total), foi com o próprio marido, o engenheiro Ronaldo Robson de Freitas. A candidata obteve 11.638 votos (0,81% dos votos válidos).
Na época, o engenheiro afirmou que os gastos "estão todos discriminados e apresentados à Justiça eleitoral bem detalhadamente". Em seu perfil no Facebook, ela afirmou o marido "gerenciou todo o trabalho que foi feito de comunicação nas redes sociais", afirmou na postagem.
"Ele administrou as informações, os posts patrocinados, a produção de pequenos vídeos e os poucos recursos financeiros que precisaram ser gerenciados (com gasto total de R$ 30 mil). Inclusive, nossa família de 5 pessoas está sem carro até o hoje porque decidimos dar prioridade financeira para a minha campanha na época", publicou a candidata derrotada.
A reportagem não conseguiu contato com os citados. Procurado para saber o motivo da exoneração, o gabinete do senador Flávio Bolsonaro não se manifestou.