PREVIDÊNCIA

Líder do PSL propõe benefício de militares para carreiras da segurança

''Não tenho nada contra a reforma dos militares. Se o governo trouxe a proposta dos militares, espetacular. Nós só queremos fazer as adequações para outras carreiras assemelhadas. Existem outras carreiras com esse papel de defesa e segurança'', afirmou o deputado delegado Waldir

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Publicado em 02/04/2019 às 21:57
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
''Não tenho nada contra a reforma dos militares. Se o governo trouxe a proposta dos militares, espetacular. Nós só queremos fazer as adequações para outras carreiras assemelhadas. Existem outras carreiras com esse papel de defesa e segurança'', afirmou o deputado delegado Waldir - FOTO: Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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O líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (GO), propôs a extensão de benefícios de militares para outras categorias da segurança pública. Ao sair de reunião da bancada do PSL com o ministro da Economia, Paulo Guedes, Waldir disse que estuda formas de conceder prerrogativas para carreiras ligadas à segurança e à defesa.

“Não tenho nada contra a reforma dos militares. Se o governo trouxe a proposta dos militares, espetacular. Nós só queremos fazer as adequações para outras carreiras assemelhadas. Existem outras carreiras com esse papel de defesa e segurança”, disse o deputado. Ele citou a alíquota da contribuição previdenciária dos militares, que aumentará de 7,5% para 10,5%, enquanto as demais carreiras ligadas à segurança estariam submetidas à mesma alíquota dos servidores públicos, que passará de 11% sobre todo o salário para um sistema de alíquotas progressivas, que aumentarão conforme o salário.

Entre as categorias que seriam beneficiadas, estão policiais federais, policiais rodoviários federais, agentes penitenciários e policiais civis. O líder do PSL disse que estuda uma tabela comparativa das regras propostas para as carreiras de segurança e defesa e para os militares, como tempo mínimo de contribuição e cálculo do benefício.

Articulação

Sobre a articulação da base aliada, o deputado Delegado Waldir disse não ser seu papel conseguir apoio de outros partidos para o governo. Segundo ele, as articulações para aprovar a reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) representam apenas o trabalho inicial do governo.

“Não tem base aliada. O governo vai ter que construir sua base aliada. O que existe é uma pacificação [de] que a reforma tem que avançar na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça]”, declarou o parlamentar. “Eu não tenho essa missão [de conseguir os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência]. Meu papel não é esse. É papel do governo construir sua base. Hoje, o governo tem 55 votos [do PSL] para a reforma”, acrescentou o líder do partido do presidente Jair Bolsonaro.

Delegado Waldir disse ainda que é favorável à ideia de que Bolsonaro divulgue a importância da reforma. “Penso que todos nós podemos ser garotos-propaganda, mas é indispensável, sem dúvida, a presença do nosso presidente. É ele quem tem esse papel essencial e com certeza não vai se furtar de divulgar a reforma da Previdência”, afirmou.

O líder do PSL prometeu ainda trabalhar para proteger o ministro Paulo Guedes de ataques da oposição na audiência pública de nesta quarta-feira (3) na CCJ. “Vou arrumar um colete à prova de balas para ele”, brincou o deputado.

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