PREVIDÊNCIA

Guedes bate boca com deputados e depois pede desculpas

A fala do ministro foi recebida com aplausos dos parlamentares governistas, enquanto representantes da oposição gritavam 'Chile', em alusão aos problemas previdenciários pelos quais passam o país latino-americano

Estadão Conteúdo
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Publicado em 03/04/2019 às 16:10
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A fala do ministro foi recebida com aplausos dos parlamentares governistas, enquanto representantes da oposição gritavam 'Chile', em alusão aos problemas previdenciários pelos quais passam o país latino-americano - FOTO: Foto: Agência Câmara
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, acabou caindo na provocação da oposição e iniciou um bate-boca tenso durante sua fala na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Ao defender o sistema de capitalização, Guedes disse aos deputados: "Se quiserem, embarquem seus filhos no avião em que vocês estão e vão acabar como Rio de Janeiro, Minas Gerais". 

A fala do ministro foi recebida com aplausos dos parlamentares governistas, enquanto representantes da oposição gritavam "Chile", em alusão aos problemas previdenciários pelos quais passam o país, citado como exemplo de sucesso por Paulo Guedes. "O Chile tem quase o dobro da renda per capita do que o Brasil, acho que a Venezuela está melhor", ironizou.

Bate-boca com oposição

O ministro então começou um bate-boca com deputados oposicionistas, principalmente com Henrique Fontana (PT-RS), a quem Guedes respondeu: "Deputado, fale mais alto do que eu". 

Com a confusão generalizada - que incluiu deputados homens mandando colegas mulheres "calarem a boca" e outras mulheres saindo em defesa das deputadas atingidas -, Guedes acalmou os ânimos e terminou pedindo desculpas. "Me aconselharam a não reagir, mas tentei ser atencioso. Sou muito respeitoso. Cometi o erro de interagir. Assim que eu interagi, vocês transformaram em outra coisa", afirmou. "Meu papel é relativamente simples, quem vai julgar são os senhores. Com a maior franqueza, não cabe a mim entrar no debate político. Tenho que dar explicações e não preciso me exaltar, me desculpe".

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