A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados se reuniu na tarde desta terça-feira (23) para tentar votar a admissibilidade da reforma da Previdência. A sessão segue indefinida porque parlamentares oposicionistas a proposta de emenda constituição (PEC) tentam obstruir a votação.
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À noite, após oito horas de sessão, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou requerimento para adiar a votação da reforma da Previdência por três sessões, por 43 votos a zero. Antes, o plenário da comissão já havia derrubado outro pedido, de adiamento por quatro sessões, com 39 votos a zero.
Agora, o colegiado aprecia um requerimento de adiamento por duas sessões. Há ainda um pedido da oposição sobre a mesa antes da votação da admissibilidade da reforma.
O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), provocou a oposição ao repetir no plenário que eles não obtiveram as assinaturas necessárias para apresentar o requerimento de suspensão da tramitação da proposta, por falta de estimativas sobre seu impacto mediante o teto de gastos. Segundo Francischini, a oposição angariou 99 assinaturas, ante 103 necessárias.
Em meio aos bate-bocas, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente da legenda, reagiu com nova provocação dizendo que o atual governo só obterá "pibinho" no crescimento econômico. Ela disse que, nos governos petistas, o crescimento era maior e agora a taxa corre o risco de ficar abaixo de 1%.