CONGRESSO

Governo oferece R$ 40 milhões em emendas aos deputados que votarem a favor da reforma

Pela proposta do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, os parlamentares terão direito a R$ 10 milhões extras em emendas até 2022

JC Online
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Publicado em 24/04/2019 às 17:37
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Pela proposta do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, os parlamentares terão direito a R$ 10 milhões extras em emendas até 2022 - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), ofereceu a deputados que votarem a favor da reforma da Previdência no plenário da Câmara um extra de R$ 40 milhões em emendas parlamentares até 2022. A informação foi confirmada pela Folha de S. Paulo com deputados do DEM, PP, PSD, PRB e Solidariedade.

Hoje, os parlamentares têm direito a R$ 15,4 milhões em emendas e a estratégia do ministro representa 65% no valor que cada deputado pode gerenciar no Orçamento federal de 2019. O extra de R$ 10 milhões ao ano, totalizando os R$ 40 milhões até 2022, viria de rubricas de fora do volume destinado às emendas, mas os deputados informaram que Onyx não detalhou sobre a fonte do dinheiro.

Os parlamentares têm direito a emendas impositivas e, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento impositivo seja aprovada, a partir de 2020 os recursos de bancada também passarão a ser executados obrigatoriamente. Segundo técnicos, não existe a previsão legal de "emendas extraorçamentárias", mas essa é uma prática é recorrente entre políticos.

"Toma lá dá cá"

Durante a disputa presidencial uma das principais promessas do então candidato Jair Bolsonaro era de que acabaria a prática do "toma lá dá cá", praticada pelos governos com o intuito de obterem apoio do Congresso Nacional por meio de trocas de cargos federais, verbas do Orçamento, além de outros benefícios.

CCJ

A admissibilidade da reforma da Previdência foi aprovada na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na noite dessa terça-feira (23). A proposta foi elaborada pela equipe econômica do ministro da Economia e promete que mais de R$ 1 trilhão sejam economizados aos cofres públicos nos próximos dez anos.

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