REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Marinho: impacto da reforma sobre servidores mais forte que no INSS

Secretario especial exibiu cálculos do governo que mostram economia esperada com a reforma

Estadão Conteúdo
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Publicado em 08/05/2019 às 16:29
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Secretario especial exibiu cálculos do governo que mostram economia esperada com a reforma - FOTO: Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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Com uma espécie de vacina antidiscurso da oposição, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afastou a tese de que o sacrifício da reforma recaia principalmente sobre os mais pobres. "Isso não", disse enfaticamente. "O impacto que recai sobre os servidores é 14 vezes mais forte que no INSS", ressaltou.

Marinho exibiu cálculos do governo que mostram que a economia de R$ 807,9 bilhões esperada com a reforma no INSS em 10 anos recairá sobre 71,3 milhões de segurados - resultando numa economia por indivíduo de R$ 11,3 mil.

Já no caso dos servidores federais, a mudança nas regras vai poupar R$ 224 bilhões em uma década, mas o número de atingidos é menor, de 1,4 milhão. Ou seja, a economia por indivíduo é de R$ 157 mil.

Marinho defendeu a iniciativa do governo de abrir os dados da proposta, segundo ele, algo inédito em reformas previdenciárias anteriores, feitas de 1988 até hoje. "É preciso haver transparência, que é essencial nesse processo", disse.

O secretário também defendeu a criação do regime de capitalização, segundo o qual o trabalhador contribuirá para uma conta individual que bancará sua aposentadoria. "Se mantivermos situação atual, vamos continuar subsidiando e retirando recursos de outras atividades igualmente importantes, deixando de aplicar onde há maior vulnerabilidade", argumentou.

Ele destacou que a proposta do governo assegura o pagamento de pelo menos um salário mínimo na capitalização e prevê a possibilidade de que haja contribuição patronal.

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