Horas depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticar duramente o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) para a reforma da Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rebateu as críticas e defendeu o texto, ressaltando que o Parlamento está blindado das crises que são geradas pelo poder Executivo, como a desta sexta-feira (14). "O governo é uma usina de crises", disse.
E destacou: "Vamos aprovar a reforma da Previdência. Nós blindamos a reforma das crises que são geradas todos os dias pelo governo. Cada dia um ministério gerando uma crise. Hoje infelizmente foi meu amigo Paulo Guedes, numa crise desnecessária, num momento em que o Parlamento assumiu a responsabilidade pela reforma."
Pela primeira vez o Parlamento vai ser bombeiro e não incendiário. Se fossemos depender da articulação do governo, teríamos 50 votos e não os 350 que esperamos. Vamos aprovar uma reforma na ordem de R$ 900 bilhões e vou continuar trabalhando para incluir prefeitos e governadores.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) 14 de junho de 2019
Leia Também
- Manhã de protestos contra a reforma da Previdência em Pernambuco
- Novo texto da reforma retira pontos polêmicos e prevê economia de R$ 913 bi
- Manifestantes protestam no Recife contra a reforma da Previdência
- Políticos e sindicalistas participam de ato contra a reforma no Recife
- 'Não há unidade no Congresso para a votação da reforma', diz Humberto
Maia disse que a Câmara quer garantir uma economia fiscal de R$ 900 bilhões em 10 anos.
A declaração de Maia foi dada a jornalistas após ele ter convocado uma coletiva de imprensa de última hora. O parlamentar deixou evento do qual participava em São Paulo para conversar com a imprensa.
Parlamento
Para o presidente da Câmara, o ministro Paulo Guedes não está sendo justo com o Parlamento, "que está comandando sozinho a articulação pela aprovação da reforma". "Se dependêssemos da articulação do governo, teríamos 50 votos, e não a possibilidade de ter 350, como temos hoje", afirmou.
Maia disse que é muito triste ver o ministro Paulo Guedes dando as declarações que deu nesta sexta. "Na democracia, a coisa mais bonita é respeitar o adversário. E nisso o Guedes falhou", afirmou.