O presidente Jair Bolsonaro criticou governadores do Nordeste ao falar sobre a permanência ou não dos Estados e municípios na reforma da Previdência e admitiu que a proposta defendida pelo governo traz desgaste para o Congresso. "Para entrar Estados e municípios (na reforma), os governadores, em especial do Nordeste, de esquerda, têm que votar a favor. Até há pouco tempo eles queriam que fosse aprovada a reforma com voto contrário deles, para não ter desgaste, porque tem desgaste ao Parlamento. Sim, tem", disse.
Leia Também
- Reforma da Previdência: Última chamada para os governadores
- Campos Netos nega pressão do Banco Central por reforma da Previdência
- Guedes atua para evitar novos ruídos na reforma da Previdência
- Comissão encerra discussão do parecer da reforma da Previdência
- Silvio Costa Filho cobra apoio de Paulo Câmara na reforma da Previdência
- Comissão na Câmara retoma debate do parecer da reforma da Previdência
Ele ponderou que há um sentimento dentro e fora do Parlamento de que "temos que mudar". "Se não mudar, o Brasil vai ter mais problemas econômicos do que já temos no momento", afirmou. Bolsonaro falou com jornalistas ao chegar para almoço no Ministério da Defesa.
Apesar de integrantes do governo já admitirem a exclusão de Estados e municípios da reforma, o presidente também falou que a inclusão ou não ainda está sendo negociada. Qualquer que seja o resultado, Bolsonaro disse esperar que a leitura do relatório na Câmara seja concluída nesta terça. Ele contou, ainda, que conversou sobre o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o relator do texto, Samuel Moreira (PSDB-SP). "Participo no que é possível."
Policiais
Sobre a pressão de policiais para abrandamento para a categoria no parecer, Bolsonaro disse que todos terão sua cota de sacrifício. Ele tratou do assunto com o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, e o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo.