STF

Barroso: caso Moro mostra clara ação criminosa de violação de comunicação privada

Ministro evitou comentar novos vazamentos

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Publicado em 05/07/2019 às 20:29
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Ministro evitou comentar novos vazamentos - FOTO: Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), não quis comentar as supostas trocas de mensagens entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, quando era juiz da Lava Jato, com procuradores da operação. No entanto, criticou a invasão dos dados por parte de hackers.

"(Não vou comentar) porque juiz fala ao final, não fala no início nem no meio, mas houve clara ação criminosa de violação de comunicação privada", disse o ministro, que participa de evento da XP Investimentos. "Sem querer fulanizar, gostaria de saber qual emprego ou família se sustentaria com dois anos de violação de comunicação privada", acrescentou.

Em seguida, Barroso disse que é preciso colocar o Poder Judiciário no debate público. "O Judiciário é um corpo técnico qualificado, com pessoas recrutadas por concursos públicos sérios, mas o sistema é muito ruim, é caro e presta serviço muito ruim, temos de acabar com a naturalização de processos que levam dez anos", disse.

PT QUER CONVOCAR MORO

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), um dos vice-líderes da sigla na Câmara, protocolou nesta sexta-feira, 5, requerimento de convocação do ministro de Justiça, Sérgio Moro. Ele pede o comparecimento do ex-juiz à Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, depois da divulgação de novos diálogos atribuídos a ele e a membros da Lava Jato.

As supostas falas sugerem que, quando ainda atuava como juiz federal em Curitiba, Moro teria orientado procuradores a anexar provas para fortalecer a parte acusatória num processo.

"São fatos novos com certeza, que ampliam a questão da parcialidade do ex-juiz e confirmam o conluio entre ele e a acusação", defendeu Correia.

Segundo o deputado, as novas reportagens teriam influência direta para a coleta de assinaturas para instalação de uma CPI. "A decisão da bancada do PT é de reforçar isso", afirmou.

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