atualizada às 11h35
Após muitas negociações nessa terça-feira (9) envolvendo o debate da reforma da Previdência, a Câmara dos Deputados deve votar o texto da proposta do governo Jair Bolsonaro (PSL) nesta quarta-feira (10). Às 00h43 de hoje, após votação do parlamento, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) confirmou o encerramento da discussão do assunto no plenário da Casa. A próxima sessão, que deve votar o tema, estava prevista para começar às 10h30. No entanto, às 11h30 ainda não havia sinal de que os trabalhos seriam retomados.
Apesar do adiamento, o governo está otimista com a aprovação da reforma. São necessários 308 votos, mas a tendência é que os votos favoráveis sejam acima desse número. Um sinal disso foi a votação na noite de terça para retirar a reforma da pauta. Foram 331 votos contrários e 117 a favor, ou seja, a maioria votou com o governo.
Reforma da Previdência: conheça as regras para aposentadoria de professores
Reforma da Previdência: veja como ficam as regras de transição
Reforma da Previdência: saiba como fica a idade mínima
Reforma da Previdência: conheça as regras para aposentadoria de policiais
Reforma da Previdência: saiba como ficam a aposentadoria rural e o BPC
Se o texto, aprovado na última quinta-feira (4), por 36 votos a 13, na comissão especial, receber 308 votos dos parlamentares em dois turnos, ele segue para análise do Senado.
Leia Também
- PDT ameaça expulsar Tabata Amaral se ela for a favor da Previdência
- Plenário da Câmara rejeita requerimento para retirar Previdência da pauta
- Depois de quase dez horas, Maia inicia discussão da PEC da Previdência
- Onyx diz que previsão é de mais de 330 votos a favor da reforma da Previdência
- DEM fecha questão sobre a reforma da Previdência
A expectativa é de que a votação da reforma da Previdência seja concluída no próximo sábado (13).
A SESSÃO
O início do debate foi atrasado pelo debate sobre o projeto de lei que regulamentava certos tipos de vaquejada no País. Assim, a discussão só começou às 20h48. Rodrigo Maia deu a entender que a votação iria ocorrer, independente do horário, mas requerimento da bancada do PSL, partido do presidente, pediu o encerramento da discussão, fazendo com que a votação ficasse para o decorrer da quarta. Colocar fim ao debate era a intenção mínima de Maia. Ao todo, 505 deputados compareceram na sessão.
EMENDAS
Com o objetivo de aumentar o apoio na Câmara, o governo de Jair Bolsonaro liberou R$ 1,13 bilhão em emendas parlamentares voltadas para a área da saúde. A decisão está formalizada em 37 portarias editadas na segunda-feira, 8, à noite em duas edições extraordinárias do Diário Oficial da União (DOU) publicadas com data da segunda-feira.
Levantamento da ONG Contas Abertas, divulgado pelo jornal O Globo, mostra que, nos primeiros cinco dias de julho, o governo empenhou R$ 2,5 bilhões de emendas parlamentares. A reportagem não detalha se nesse montante está incluído o valor da liberação da saúde.
Além dos valores, as portarias indicam municípios de vários Estados que estão habilitados a receber os recursos das emendas, que, segundo o ato, serão aplicados para "incremento temporário do Limite Financeiro da Assistência de Média e Alta Complexidade (MAC)".