Novas mensagens atribuídas a procuradores da força-tarefa da Lava-Jato insinuam que o então juiz da Operação, Sergio Moro, duvidava da colaboração do ex-ministro petista Antonio Palocci. O diálogo foi realizado às vésperas das eleições de 2018 e a delação, feita em abril de 2018, se refere a supostos crimes cometido pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Os diálogos trocados pelo Telegram entre os procuradores Paulo Roberto Galvão, Laura Tessler, Antônio Carlos Welter foram divulgados na madrugada desta segunda-feira (29) pela Folha de S. Paulo e, de acordo com o conteúdo, Moro achava teor da delação difícil de ser comprovado mas achava a cooperação do político importante, por demonstrar uma quebra de vínculos no partido.
Confira mensagens
25 de setembro de 2018
Paulo Galvão: Russo [Moro] comentou que embora seja difícil provar ele é o único que quebrou a omerta [código de honra dos mafiosos italianos] petista
Laura Tessler: Não só é difícil provar, como é impossível extrair algo da delação dele… [Palocci] padrão Delcidio
Antônio Welter: o melhor é que [Palocci] fala até daquilo que ele acha que pode ser que talvez seja. Não que talvez naõ fosse.
Delação
Antonio Palocci afirmou que que Lula sabia do recolhimento de propina envolvendo empreiteiras, a Petrobras e partidos políticos, investigação primária da Lava Jato. Também afirmou que as campanhas de Dilma Rousseff foram superfaturadas e receberam dinheiro de caixa dois.
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