O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegou na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, na tarde desta segunda-feira (23), onde fará o discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, na manhã terça-feira (24), a partir das 10h (horário de Brasília). Ao contrário de outros momentos em viagens internacionais, Bolsonaro chegou de forma discreta, cumprimentou ministros e diplomatas brasileiros.
Segundo a Folha de S.Paulo, a postura de Jair Bolsonaro tem a intenção de amenizar a desconfiança internacional relacionada às polêmicas declarações dele nos últimos dias, envolvendo diversos assuntos, como, por exemplo, os incêndios na Amazônia. A ideia servirá, também, para passar, com um discurso afinado, a imagem de que o Brasil é um país comprometido com ações contra o desmatamento e que é favorável ao desenvolvimento sustentável.
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Na terça-feira, o presidente deverá se encontrar com o secretário-geral da ONU, António Guterres. Geralmente, o discurso de abertura da assembleia é feito pelo presidente brasileiro, seguido do líder dos Estados Unidos.
Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o discurso brasileiro está pautado no que de fato está acontecendo na Amazônia, explicando que é falsa a ideia de que houve um ‘desmonte’ no sistema ambiental.
Discurso de Bolsonaro
Bolsonaro terá direito a 20 minutos para fazer o discurso de abertura. Segundo a Folha de S.Paulo, a ideia é que o presidente use o máximo do tempo para tentar defender a tese de que seu governo não conduz uma política ambiental negligente e que a Amazônia tem sido utilizada por outros países como forma de intervir na soberania brasileira. Segundo diplomatas, o chefe brasileiro também vai discursar sobre a tolerância que o Brasil não tem com crimes ambientais e que as queimadas de agora não destoam da média dos últimos 20 anos.
O Planalto não espera por protestos ou manifestações intensos contra o presidente da República por parte de delegações estrangeiras durante a fala do brasileiro. Porém, a expectativa é que as comitivas de Cuba, Venezuela e Nicarágua, por exemplo, cheguem a fazer algum tipo de protesto, assim como aconteceu com Temer após o impeachment de Dilma.