O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi aconselhado a adotar um discurso pró-reformas, dando destaque à agenda econômica do governo durante seu discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça (24). As informações são da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
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A sugestão teria sido enviada por técnicos do Ministério a Economia e defende que o pacote de medidas elaborado pela equipe de Paulo Guedes seja apresentado como o mais ambicioso entre projetos dos países emergentes. Aliados de Bolsonaro acreditam que o presidente deve pontuar as aprovações da reforma da Previdência na Câmara e da MP da Liberdade Econômica, além de acordos comerciais estabelecidos por sua gestão.
MEIO AMBIENTE
Além do discurso pró-reformas, a fala de Jair Bolsonaro deve focar também na defesa de ações voltadas ao Meio Ambiente. O governo está determinado a usar a Assembleia Geral da ONU como palco para tentar reverter o desgaste do Brasil no exterior.
A postura do mandatário brasileiro tem a intenção de defender a tese de que seu governo não conduz uma política ambiental negligente e que a Amazônia tem sido utilizada por outros países como forma de intervir na soberania do país. Segundo diplomatas, Bolsonaro também vai afirmar que o Brasil não tolera crimes ambientais e que as queimadas de agora não destoam da média dos últimos 20 anos.
Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o discurso brasileiro está pautado no que de fato está acontecendo na Amazônia, explicando que é falsa a ideia de que houve um ‘desmonte’ no sistema ambiental.
TRADIÇÃO
Tradicionalmente, o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU é feito pelo presidente brasileiro, seguido do líder dos Estados Unidos. Para fazer sua fala, Jair Bolsonaro vai contar com 20 minutos. Antes, ele se reúne com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
O Planalto não espera por protestos ou manifestações intensos contra o presidente da República por parte de delegações estrangeiras durante o discurso do brasileiro. Porém, a expectativa é que as comitivas de Cuba, Venezuela e Nicarágua, por exemplo, cheguem a fazer algum tipo de protesto, assim como aconteceu com Temer após o impeachment de Dilma