AÇÃO DA PF

Luciano Bivar é alvo de busca e apreensão no caso dos laranjas do PSL

Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE)

JC Online
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Publicado em 15/10/2019 às 6:59
Foto: Sérgio Bernardo/Acervo JC Imagem
Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo/Acervo JC Imagem
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O presidente nacional do PSL, deputado federal Luciano Bivar, é alvo de mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (15) por meio da Operação Guinhol. A ação acontece em endereços de Pernambuco ligados ao parlamentar e faz parte das investigações sobre o esquema das candidaturas de laranjas pela legenda. Os policiais federais estiveram logo ced  na casa do deputado que fica, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. Depois, eles seguiram para uma gráfica no bairro de Afogados e para sede do partido, no bairro de São José. 

Nove mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) por conta das investigações. Segundo a PF, a 'Guinhol' acontece para apurar crimes eleitorais e associação criminosa.  Ainda de acordo com a corporação, líderes da legenda teriam ocultado, disfarçado e omitido "movimentações de recursos financeiros oriundos do fundo partidário, especialmente os destinados às candidaturas de mulheres, após verificação preliminar de informações que foram fartamente difundidas pelos órgãos de imprensa nacional."

O esquema conhecido “laranjal do PSL” foi revelado pela Folha de S.Paulo em uma série de reportagens desde o início de 2019 e se tornou motivo de atritos internos na legenda do presidente Jair Bolsonaro, que pode sair do partido.

'Guinhol'

O nome da operação faz referência a uma marionete, personagem do teatro de fantoches criado no século XIX diante da possibilidade de candidatas terem sido utilizadas exclusivamente para movimentar transações financeiras escusas.

Defesa de Bivar

Sobre o mandado de Busca e Apreensão deflagrado nesta terça (15) num dos endereços de Luciano Bivar, o Escritório de Ademar Rigueira, que responde pela Defesa dele e do PSL em Pernambuco, vê a situação fora de contexto. A Defesa enfatiza que o inquérito já se estende há 10 meses, já foram ouvidas diversas testemunhas e não há indícios de fraude no processo eleitoral.
Ainda na visão da Defesa, a Busca é uma inversão da lógica da investigação, vista com muita estranheza pelo Escritório, principalmente por se estar vivenciando um momento de turbulência política.

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