Em entrevista exclusiva ao SBT, nessa quarta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a acusar o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), em relação à investigação da morte de Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Além disso, o presidente da República também se defendeu das denúncias de que um suspeito na morte da vereadora esteve em seu condomínio afirmando que iria a sua casa antes do crime e afirmou que "o processo está contaminado" sobre a possibilidade do caso ser levado para o Supremo Tribunal Federal (STF).
"O processo está contaminado, ou seja, o governador do Rio de Janeiro sabia o que estava acontecendo e ele conduziu em parte esse processo para que meu nome fosse inserido e conseguir o meu desgaste. Ele conseguiu, com a popularidade do meu filho e do meu nome, se eleger governador. Após tomar posse, ele virou inimigo de Flávio e Jair Bolsonaro para conseguir ser presidente", disse.
No dia do crime
Bolsonaro reforçou também que existem registros comprovando a presença dele em Brasília, no dia 14 de março de 2018, quando a vereadora Marielle Franco foi assassinada. Os investigadores estão recuperando os arquivos de áudio do interfone para saber com quem o porteiro conversou no dia e quem estava na casa 58. Nessa quarta, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente, publicou em seu perfil oficial no Twitter um vídeo que mostra que o porteiro não havia interfonado para a residência de seu pai quando o suspeito foi ao condomínio.
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"Eu acho que o Supremo Tribunal Federal vai arquivar. Tem a minha digital no processo de painel eletrônico de votação na Câmara Federal. No meu caso, acredito que é uma forçação de barra para me prejudicar. O governador não está preocupado em descobrir quem matou Marielle. Ele está preocupado em me prejudicar", afirmou.
Confira a entrevista:
Arquivada
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que o STF e a PGR já arquivaram a denúncia enviada à Suprema Corte pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que informava sobre a existência da menção ao nome de Bolsonaro na investigação no caso Marielle.