CASO MARIELLE

Felipe Neto diz que Bolsonaro obstruiu a justiça: 'o Brasil acabou'

Na manhã deste sábado (2), o presidente disse que pegou áudios de ligações do condomínio em que reside 'antes que elas fossem adulteradas'

JC Online
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Publicado em 02/11/2019 às 18:24
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Felipe Neto publicou em suas redes sociais série de postagens de Neymar - FOTO: Foto: Divulgação
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"É o caos. É o fim. Se nada acontecer depois disso, acabou a justiça”, postou neste sábado (2) nas redes sociais o youtuber Felipe Neto após o presidente Jair Bolsonaro ter dito, nesta manhã, que pegou áudios das ligações realizadas entre a portaria e as casas do condomínio Vivendas da Barra antes que, segundo ele, os áudios fossem adulterados. Felipe Neto acusou ainda o presidente de agir com obstrução de justiça no caso Marielle. A afirmação de Bolsonaro foi feita durante entrevista a jornalistas em Brasília.

Nas redes, Felipe Neto disse que Bolsonaro estava coletando provas antes das autoridades responsáveis, o que caracterizaria uma suposta ação ilegal. “Presidente da República admite obstrução de justiça, coletando provas antes da ação policial e investigativa”, declarou.

Felipe ainda fez analogia com a situação política dos Estados Unidos, presidido por Donald Trump, alinhado a Bolsonaro. “Se Donald Trump invadisse uma investigação e roubasse provas antes que o FBI pudesse coletá-las, seria o fim do mandato dele. Vocês entendem agora o que Bolsonaro fez?”, enfatizou o youtuber.

O que Bolsonaro disse

"Agora, eu estava em Brasília, está comprovado. Várias passagens minhas pelo painel eletrônico da Câmara, com registro de presença, na quarta-feira geralmente parlamentar está aqui. Eu estava aqui, não estava lá, e outra, nós pegamos antes que fosse adulterado, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de anos, a voz não é minha. Não é o seu Jair. Agora, que eu desconfio, que o porteiro leu sem assinar ou induziram ele a assinar aquilo. Induziram entre aspas, né? Induziram a assinar aquilo", disse Bolsonaro.

Apesar da declaração, o presidente não especificou a data em que teria retirado os arquivos da portaria do condomínio. Segundo a TV Globo, um depoimento de um porteiro do condomínio revelou que um dos suspeitos de assassinar Marielle Franco, Élcio Queiroz, teve entrada liberada no condomínio após autorização da casa de Jair Bolsonaro na Barra da Tijuca. Depois de afirmar que iria na casa 58 – de Bolsonaro –, Élcio teria ido à de Ronnie Lessa, outro suspeito do assassinato.

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