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Em entrevista à Rádio Jornal Caruaru, Moro diz que Lula 'faz parte do passado'

''O ex-presidente, nem gosto de falar muito dele. Eu acho que ele faz parte do passado. Sinceramente, do meu passado e acho que do passado do país,''

Do Blog de Jamildo
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Publicado em 02/12/2019 às 11:29
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''O ex-presidente, nem gosto de falar muito dele. Eu acho que ele faz parte do passado. Sinceramente, do meu passado e acho que do passado do país,'' - FOTO: Foto: ABr
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Em entrevista, nesta segunda-feira (2), ao programa Repercutindo, da Rádio Jornal Caruaru, o ministro da Segurança e Pública, Sergio Moro, foi questionado se o governo Jair Bolsonaro (sem partido) vê a soltura do ex-presidente Lula (PT) como uma ameaça à ordem pública. O ex-juiz da Operação Lava Jato disse que o governo "não tem nenhuma interferência nessa questão" e que o petista "faz parte do passado".

O tom de Sergio Moro contrastou com as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que Lula "chamou para a confusão" e de que "outro lado" reagiu "e disse é, 'sai para a rua', vamos botar um excludente de ilicitude, vamos botar o AI-5".

"O ex-presidente, nem gosto de falar muito dele. Eu acho que ele faz parte do passado. Sinceramente, do meu passado e acho que do passado do país, enfim. Eu acredito na lei, na justiça, ele estava lá cumprindo a pena pelo qual foi condenado. Acabou sendo beneficiado por essa decisão sobre a questão da segunda instancia, mas os problemas dele nas cortes judiciais permanecem. Mas isso é uma coisa que cabe a ele resolver. A gente não tem nenhuma interferência nessa questão", disse Moro.

Moro voltou a defender as propostas de fixar a prisão após condenação em segunda instância no Congresso. Apesar de dizer que essa é uma decisão dos parlamentares, ressaltou a importância do projeto ser "aprovado o quanto antes".  "Para que esperar o ano que vem?", indagou, em referência ao projeto de lei do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) que tramita no Senado.

Ele fez uma ressalva quando à Proposta de Emenda à Constituição, do deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP), que tem prazos mais longos.

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, senadora Simone Tebet (MDB-MS), disse que a costura de um acordo no Congresso pode deixar o tema da prisão após condenação em segunda instância ser definido pela proposta de emenda à Constituição (PEC) que tramita na Câmara dos Deputados e foi aprovada na CCJ da Casa.

O Senado deve deixar novamente o protagonismo para a Câmara. A costura veio após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter dito que o "sentimento" entre os deputados era de que o assunto deveria ser tratado por PEC e não projeto de lei.

Ao responder sobre o orçamento para a segurança pública em outra parte da entrevista, o ex-juiz disse que o Brasil vive um "cenário de uma certa crise fiscal" e que os "governos até 2016" provocaram um "descalabro das contas públicas", em outra crítica aos petistas.

Em Frente Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública disse que o programa Em Frente, Brasil está "obtendo bons indicadores" em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), assim "como em outros municípios". E voltou a ressaltar a redução na criminalidade no país.

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