DISCURSO

Após discurso com trechos nazistas, secretário de Cultura coloca cargo à disposição de Bolsonaro

Roberto Alvim se manifestou por meio de um post em seu perfil no Facebook

JC Online
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Publicado em 17/01/2020 às 12:46
Foto: Reprodução/Facebook Roberto Alvim
Roberto Alvim se manifestou por meio de um post em seu perfil no Facebook - FOTO: Foto: Reprodução/Facebook Roberto Alvim
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O secretário de Cultura, Roberto Alvim, colocou o cargo à disposição do Presidente Jair Bolsonaro, após o episódio da publicação de um vídeo para anunciar o Prêmio Nacional das Artes, na última quinta-feira (16), utilizando frases do ministro nazista Joseph Goebbels.

Roberto Alvim se manifestou por meio de um post em seu perfil no Facebook, afirmando que estava colocando imediatamente seu cargo "a disposição do Presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de protegê-lo".

Na mesma nota, o secretário afirmou que em seu pronunciamento havia "uma frase parecida com uma frase de um nazista" e que se soubesse a origem da frase, jamais a teria dito.

Mais cedo, em entrevista ao Jornal do Commercio, a assessoria da secretaria não confirmou a saída de Alvim do cargo e afirmou que ele deve fazer pronunciamento sobre o caso até o fim da tarde desta sexta.

Repercussão 

O vídeo causou revolta na internet, inclusive entre apoiadores de Jair Bolsonaro, como Olavo de Carvalho e o cineasta Josias Teófilo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pelo Twitter, pediu a demissão do secretário especial de Cultura, Roberto Alvim. "O secretário da=Cultura passou de todos os limites. ê inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo", escreveu Maia. 

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, afirmou nesta sexta-feira, 17, que os "setores do governo testam há meses os limites democráticos", "flertam com as ditaduras de hoje e do passado", e que o secretário de Cultura, Roberto Alvim "ultrapassou todos os limites ao optar pela clara e aberta apologia ideológica do regime nazista".

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