A cada dia está ficando mais claro que a intenção do governador Eduardo Campos (PSB) é mesmo disputar as eleições para presidente da República em 2014. Mais um indício foi dado na última quinta-feira (14), durante um jantar do mandatário pernambucano com empresários paulistas, em São Paulo. Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, Eduardo garantiu aos 60 presentes que "dá para fazer muito mais que a presidente Dilma Rousseff".
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O jantar serviu para Eduardo "se mostrar" a empresários do sul do País, fazendo ficar mais conhecido e deixando no ar que vai mesmo disputar o maior cargo do Brasil com a petista Dilma. Eduardo, por enquanto, se esquiva do assunto e diz que "só trata de eleição no tempo certo".
No encontro, segundo a Folha de S.Paulo, Eduardo, inclusive, criticou a antecipação do processo eleitoral. A crítica respingou no ex-presidente Lula, que lançou Dilma como candidata de forma antecipada. Para ele, a antecipação deixou a campanha daquele ano pobre do ponto de vista de conteúdo, baseada apenas em acusações. E afirmou que pode criticar o governo com ética: "Fazer crítica não é ser contra, não é ser inimigo".
Eduardo explicou que, ao falar que "dá para fazer muito mais", não está ofendendo o PT nem a presidente Dilma, mas que "sempre é possível evoluir". O governador, entretanto, diz que, para isso, é preciso renovar a política. E alfineta: "o governo que ajudei a eleger não terá condição de fazer esse passo adiante".
O governador também criticou, segundo a Folha, a falta de diálogo do governo Dilma em determinados assuntos, e citou o caso da Medida Provisória dos Portos, que ele mandou seu recado pela imprensa.
PONTO DE VISTA - Segundo o cientista político Adriano Oliveira, a cada dia Eduardo ganha mais força na imprensa do sul do País e, consequentemente, do eleitorado dessa região do Brasil. "Todas as semanas ele está em evidência por lá. Isso é muito bom para Eduardo, que acaba se tornando uma alternativa ao PSDB e ao PT", informa.