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Dilma defende ajustes econômicos feitos pelo governo

No pronunciamento em cadeia nacional de TV e Rádio, presidente diz que, com as novas medidas, o governo divide com a população os prejuízos da crise econômica

Da redação com agências
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Publicado em 08/03/2015 às 21:33
Evaristo Sá/AFP
No pronunciamento em cadeia nacional de TV e Rádio, presidente diz que, com as novas medidas, o governo divide com a população os prejuízos da crise econômica - FOTO: Evaristo Sá/AFP
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A presidente Dilma Rousseff defendeu neste domingo (8 de março) as medidas econômicas que estão sendo adotadas para o País voltar a crescer. Segundo ela, durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, na tentativa correta de defender a população, o governo absorveu, até o ano passado, todos os efeitos negativos da crise econômica internacional, lançando mão do Orçamento para proteger o crescimento, o emprego e a renda das pessoas, mas não havia como prever que a crise mundial duraria tanto tempo. Durante o pronunciamento na TV, moradores de algumas cidades brasileiras vaiavam e faziam panelaço.

Dilma destacou que as correções e ajustes na economia, mesmo que signifiquem alguns sacrifícios temporários para todos e críticas injustas e desmesuradas ao governo, são a forma de dividir a carga negativa com os setores da sociedade. 

"São medidas para sanear as nossas contas e, assim, dar continuidade ao processo de crescimento com distribuição de renda, de modo mais seguro, mais rápido e mais sustentável". 

A presidente destacou que as correções estão sendo feitas de forma com que todos suportem a sua aplicação. “As medidas estão sendo aplicadas de forma que as pessoas, as empresas e a economia as suportem. (...) Este processo vai durar o tempo que for necessário para reequilibrar a nossa economia. (...) Mais importante, no entanto, do que a duração dessas medidas será a longa duração dos seus resultados e dos seus benefícios. Que devem ser perenes no combate à inflação e na garantia do emprego”. 

Dilma lembrou que as medidas incluíram o corte de gastos do governo, a revisão de certas distorções em alguns benefícios e a redução, parcial, de subsídios de créditos e desonerações nos impostos, “dentro de limites suportáveis pelo setor produtivo”. 

Em seu pronunciamento, ela ressaltou a importância da população em todo esse processo de retomar o crescimento do País. “Você tem todo direito de se irritar e de se preocupar. Mas lhe peço paciência e compreensão porque esta situação é passageira. O Brasil tem todas as condições de vencer estes problemas temporários – e esta vitória será ainda mais rápida se todos nós nos unirmos neste enfrentamento”. 

Apesar das medidas, o governo diz que vai manter e melhorar os programas de infraestrutura. “Nossas rodovias e ferrovias, nossos portos e aeroportos continuarão sendo melhorados e ampliados. Para isso, vamos fazer, ainda este ano, novas concessões e firmar novas parcerias com o setor privado”, disse. 

A presidente destacou ainda o fortalecimento moral e ético do País, com a prática da justiça social em favor dos mais pobres e a justiça contra os corruptos. “É isso, por exemplo, que vem acontecendo na apuração ampla, livre e rigorosa nos episódios lamentáveis contra a Petrobras”, disse Dilma. 

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