Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Eduardo Campos (PSB) juntos, celebrando um reencontro político após mais de 20 anos de rompimento. Maurício Rands renuncia a um mandato de deputado federal em represália à decisão do PT, de o retirar da disputa pela indicação da candidatura a prefeito do Recife. Por trás de dois episódios marcantes na política local está um personagem oculto, que preza pela discrição, mas com ascendência e trânsito suficientes para influenciar fatos e personagens relevantes. O empresário pernambucano Roberto Viana, formado em filosofia na Suíça, foi saudado por Jarbas, há duas semanas, no cozido que ofereceu a Eduardo, como um dos “padrinhos” da reaproximação deles ao lado do também empresário Paulo Sérgio Macedo. Viana e Macedo viram um campo fértil para investir no reatamento dos dois desafetos: deu certo.
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Com Rands, rifado da disputa interna do PT contra João da Costa, Viana serviu como um conselheiro. “Quando comuniquei a Roberto que tinha decidido sair da política partidária, tendo planejado primeiro voltar à vida acadêmica em Oxford, então ele lançou um desafio e me convidou para experimentar uma vida de executivo internacional na área de empreendimentos de conteúdo social, com base na Holanda mas atuando na África e em seguida concentrando mais na Índia”, relata Rands, num e-mail enviado à reportagem.
O ex-deputado hoje trabalha na Europa como advogado da STR Projetos, holding que controla as empresas de Viana – entre elas a Petra Energia, o braço petrolífero do conglomerado – e cuida dos contratos internacionais de exploração de gás e petróleo na África. Rands largou o mandato, vive em Amsterdã, na Holanda, e passou a também cultivar a discrição – uma característica de Viana – como medidor dos seus passos.
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