Em meio a um público estimado de 100 mil a 150 mil pessoas, o funeral do candidato do PSB Eduardo Campos, neste domingo (17), deve se transformar no maior evento da política brasileira dos últimos tempos. No Palácio do Campo das Princesas, no centro do Recife, estarão concentrados em um mesmo espaço antigos e novos aliados, adversários na disputa presidencial, parlamentares, governadores, prefeitos, empresários e representantes de países com que o Brasil mantém relações diplomáticas.
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Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, devem comparecer à cerimônia a presidente Dilma Rousseff e o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. O destaque entre os presidenciáveis será a vice de chapa Marina Silva, que deve anunciar na próxima quarta-feira (20) sua candidatura.
Já confirmaram presença os governadores Luiz Fernando Pezão (RJ) Rosalba Ciarlini (RN), Geraldo Alckmin (SP), Beto Richa (PR), Renato Casagrande (ES), Jacques Wagner (BA), Alberto Pinto Coelho (MG), Chico Rodrigues (RR) e Agnelo Queiroz (DF). O Rio Grande do Sul será representado pelo vice-governador Beto Grill.
Também estarão no velório o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que era aliado de Campos. Entre os empresários próximos de Campos, o presidente da Fiat, Cledorvino Belini, comparecerá à despedida do presidenciável. A Fiat tem uma fábrica instalada em Pernambuco.
Os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Romero Jucá (PMDB-RR) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) integram a lista dos parlamentares junto com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Dezenas de parlamentares devem lotar os corredores da sede do governo estadual na despedida de Campos.
Entre as autoridades diplomáticas, o cerimonial do governo pernambucano confirma as presenças do cônsul dos Estados Unidos em Recife, Richard Reiter; do ministro conselheiro da Embaixada da Itália, Filippo La Rosa; do ministro da Embaixada da Alemanha Claudius Fischbach; do embaixador do Reino Unido no Brasil, Alex Ellis; e do cônsul do Reino Unido em Recife, Gareth Moore. Deborah Wetzel, diretora do Banco Mundial para o Brasil, e Daniela Carrera-Marquis, representante do BID no Brasil, são esperadas na cerimônia.
As autoridades terão acesso à calçada do Palácio, onde ficarão os caixões de Campos, de seu assessor de imprensa Carlos Percol e do fotógrafo Alexandre Severo. Os familiares ficarão ao lado dos caixões, que serão identificados por fotos das vítimas do acidente aéreo de Santos. Os organizadores instalaram uma estrutura metálica coberta para proteger a área do sol e da expectativa de chuva.
Grades separarão o público das autoridades. Foi planejado um corredor para que eleitores e admiradores de Campos se despeçam do ex-governador de Pernambuco. Desde o início da organização do funeral, o cerimonial do Palácio já sabia que a despedida a Eduardo Campos reuniria mais admiradores que a do avô, o ex-governador Miguel Arraes. Em 2005, 80 mil pessoas acompanharam o funeral do pessebista pelas ruas de Recife. No domingo, o público acompanhará à pé o cortejo até o cemitério Santo Amaro, que fica nas imediações do Palácio do Campo das Princesas.