Todos os meses o vereador recifense pode receber até R$ 4.600,00 pagos pela Câmara como forma de indenização pelos gastos para o custeio dos seus gabinetes. O montante pode ser utilizado para locação de imóveis que sirvam de suporte para o gabinete; para contratação de empresas de consultoria; aquisições de material de limpeza e escritório; locomoção do parlamentar e assessores (passagens, hospedagem e locação de veículos); entre outras despesas. O pagamento da verba indenizatória no ano de 2014 está disponibilizado no site da Câmara Municipal.
Em 2014, cinco parlamentares utilizaram o montante máximo de verba indenizatória, de R$ 55.200,00/ano. São eles: Vicente André Gomes (PSB), Antônio Luiz Neto (PTB), Davi Muniz (PHS), Eriberto Rafael (PTC) e Marcos de Bria (PTdoB). Ao todo, a Câmara utilizou R$ 1,6 milhões para pagar as verbas de todos os parlamentares.
Leia Também
Na declaração disponibilizada no site da Câmara, alguns valores chamam atenção. Na declaração de Vicente André Gomes, por exemplo, existe a informação de R$ 4.650,00 foram gastos com cópias, encadernação e plastificação de documentos; edição de jornais, revistas e impressos gráficos para consumo do gabinete no mês de abril. Como ultrapassou a cota, o vereador precisou arcar com R$ 50,00.
No caso de Eriberto Rafael, o maior gasto foi no item locomoção. Em janeiro do ano passado, o vereador utilizou R$ 5.270,00 com esta área. Marcos de Bria teve maior despesa com aluguel de imóvel, no valor de R 3.500/mês. Davi Muniz chegou a utilizar R$ 2.790,00 com locomoção no mês de junho e Antônio Luiz Neto, R$ 4.805,00 em maio.
Presidente da Câmara, o vereador Vicente André Gomes destaca que os benefícios são necessários para o cumprimento das atividades, mas ressalta que não é aceitável valores fora do padrão. Vicente destaca que as críticas em relação aos benefícios deveriam ser gerais. “A gente não pode esquecer dos demais poderes. Desembargadores e procuradores também têm benefícios”, disse. O vereador diz que as vantagens deveriam chegar a todos os trabalhadores. “O ideal é que os benefícios fossem equânime. É um sonho que ainda não se consegue fazer”, disse.