Principal nome para disputar a Prefeitura do Recife pelo PSDB em 2016, o deputado federal Daniel Coelho contou que o partido já foi procurado para discutir o possível ingresso na administração municipal no início do ano. No entanto, Daniel destacou que a legenda tomou a posição de não aceitar a participação na gestão. O deputado fez críticas à possível negociação do prefeito Geraldo Julio (PSB).
“Já foi oferecido um espaço ao PSDB e o partido tomou a posição de não aceitar. Se o prefeito está procurando isso é porque demonstra desespero”, disse o deputado federal.
Desde 2013, o PSDB decidiu se aliar ao PSB em Pernambuco. O primeiro passo foi dado quando o partido aceitou integrar a gestão do então governador Eduardo Campos (PSB). No ano passado, a legenda assumiu duas pastas na gestão estadual. Na eleição do governador Paulo Câmara (PSB), o partido decidiu continuar integrando a Frente Popular e teve o apoio da maioria, inclusive de tucanos que tinham feito oposição ao governo socialista, como a ex-deputada Terezinha Nunes e o deputado Antônio Moraes, que foi líder da oposição. Apenas Daniel Coelho se mostrou contrário ao apoio e disse que seria independente. No segundo turno presidencial, o candidato do PSDB, Aécio Neves, teve o apoio dos socialistas pernambucanos.
Daniel Coelho, no entanto, diz que esses dois motivos não são suficientes para uma aliança entre o PSDB e PSB no Recife. “Em 2012, Elias Gomes (prefeito de Jaboatão dos Guararapes) tinha apoio do PSB e mesmo assim lançamos candidato no Recife. Hoje (ontem) o próprio governador Paulo Câmara disse que a aliança com o PSDB foi pontual”, afirmou.
Daniel preferiu não fazer uma análise sobre sua possível candidatura em 2016, caso os partidos se tornem aliados. “Isso a gente vai discutir lá na frente, mas o PSDB deve ter candidato nas principais capitais do Brasil”, ressaltou.