Os movimentos feitos nacionalmente com interesse no impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que contam com apoio do PSDB e do DEM, não devem ter a chancela do PSB. Embora o partido não faça parte da base do governo federal e tenha se aliado com os tucanos no segundo turno da eleição presidencial em 2014, o governador Paulo Câmara, que é membro da Executiva nacional socialista, destacou que o assunto não está na pauta da sigla.
"Acho que toda a discussão tem que ter elementos. Não conheço esses elementos que possam motivar tamanho extremo. O PSB tem se mostrado independente e atento ao que está acontecendo e o que a gente quer neste momento é trabalhar para o Brasil voltar a crescer para que essa instabilidade que existe hoje no País se encerre a partir de investigação, de transparência. Vamos ficar acompanhado os fatos. É prematuro emitir opinião agora sem ter total conhecimento dos conhecimentos e dos fatos", opinou.
Paulo Câmara também avaliou a participação de Josenildo Sinésio (PTB), em seu governo. O petebista, que pediu votos para Armando Monteiro (PTB) contra o socialista em 2014, foi nomeado no Diário Oficial do Estado para atuar na secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, comandada por Isaltino Nascimento (PSB). O secretário estadual e Isaltino já foram companheiros de partido no passado, quando eram filiados ao PT.
"Se tivesse (incômodo), a gente não tinha nomeado ele. Tenho a clara consciência do trabalho que Isaltino tem pela frente. É uma área que tem grande foco no social e Josenildo é uma pessoa de diálogo, que tem interação com os movimentos sociais, que está disposta e comprometida a nos ajudar. É um grande quadro e a gente está satisfeito de tê-lo ajudando o governo do Estado", declarou o governador.
As declarações de Paulo Câmara foram dadas nesta quinta-feira (12) após ele participar da cerimônia de formatura de mais novos 1.100 policiais militares. O evento ocorreu no Centro de Convenções, em Olinda.