A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou nesta quarta-feira (15), uma indicação ao governador Paulo Câmara (PSB) para a criação de uma comissão que busque elaborar um novo plano de cargos e carreiras para os servidores da Educação. O gesto ocorreu no mesmo dia em que a Justiça determinou a suspensão da greve dos professores estaduais.
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Pela proposta do deputado Eduíno Brito (PHS), a comissão seria formado por representantes das secretarias estaduais de Educação, Administração e Fazenda, da Alepe, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe) e da Ordem dos Professores de Pernambuco (OPP). A indicação funciona como uma sugestão e pode não ser acatada pelo governador.
Segundo Eduíno, a proposta não tem nenhuma relação com a atual greve. O deputado explica que busca atender o Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê a revisão dos planos de cargos e carreiras nos estados até junho de 2016. “Se a gente deixar para última hora, não vai sair um plano que atenda ao mesmo tempo a categoria e a disponibilidade financeira do Estado”, defende.
A deputada Teresa Leitão (PT), fundadora do Sintepe, foi a única a votar contra a proposta por achar que o momento é inadequado em função da greve. “Deputado não participa desse tipo de comissão que envolve governo e trabalhadores”, afirma.
Para a petista, Eduíno também traz para a Alepe uma disputa de base sindical existente entre o Sintepe e a OPP. “O deputado compra a briga ao dizer que a OPP e o Sintepe deveriam estar na comissão. A Alepe não tem nada a ver com isso. O governador pode atender ou não. Se atender está feita a confusão”, pondera.
Nesta quinta (16), a Comissão de Educação da Assembleia espera se reunir com o secretário de Administração, Milton Coelho (PSB), para tentar intermediar a retomada das negociações salariais entre os professores e o Governo do Estado. Em nota, o governo se disse disposto ao diálogo e recomendou a volta da aula aos educadores.
