O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki negou a concessão de uma liminar (decisão provisória) para anular o pedido de prisão preventiva do ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE). Ele é investigado por participação no esquema de corrupção da Petrobras.
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O ex-parlamentar foi preso por decisão do juiz federal Sergio Moro, responsável pelas apurações da Operação Lava Jato.
Os advogados de Corrêa argumentavam que o inquérito contra o ex-deputado por suposta participação no esquema estão no Supremo, que teria a competência para atuar no caso.
Relator dos inquéritos que avaliam as acusações contra políticos, Zavascki não viu irregularidade na decisão de Moro.
O ministro argumentou que Moro atendeu ao pedido do Ministério Público Federal, que parte das investigações também estão com a Justiça do Paraná e que os fatos do inquérito do STF que envolvem Corrêa "possuem clara correlação com aqueles que ensejaram a decretação da custódia cautelar [prisão preventiva], não se evidenciam hipóteses concretas que autorizem, liminarmente, a suspensão da decisão".
No dia 13, Corrêa foi transferido de Pernambuco para Curitiba, em um voo comercial, para prestar depoimento. Condenado no julgamento do mensalão, o ex-deputado estava preso em regime semiaberto no interior pernambucano.
Segundo a Polícia Federal, Corrêa recebeu pagamentos do doleiro Alberto Yousseff, um dos delatores do esquema de corrupção. Os repasses também teria sido feitos para familiares, assessores e para empresas determinadas por Corrêa.