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Pedro Corrêa deve pedir habeas corpus após depor à Polícia Federal na segunda

Ex-deputado é acusado de receber R$ 5,3 milhões desviados da Petrobras

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 22/04/2015 às 15:51
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Ex-deputado é acusado de receber R$ 5,3 milhões desviados da Petrobras - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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A defesa do ex-deputado federal pernambucano Pedro Corrêa deve pedir um habeas corpus após o depoimento que ele dará na manhã da próxima segunda-feira (27), na sede da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, onde ele cumpre prisão preventiva desde o último dia 13. Ele é acusado de receber R$ 5,3 milhões desviados da Petrobras através de laranjas.

“Devemos impetrar um habeas corpus após o depoimento dele”, explicou o advogado Michel Saliba. “Se o juiz revogar a prisão preventiva, ele volta para Canhotinho”, adianta. Antes de ser levado para Curitiba, o ex-deputado cumpria pena pelo Mensalão no Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), na cidade de Canhotinho.

No depoimento, Corrêa deve repetir que todo o dinheiro recebido do doleiro Alberto Youssef era resultado da venda de animais para o ex-deputado José Janene, falecido em 2010. “Não existe nenhuma manifestação de natureza ilícita nas transferências. Ele não era mais parlamentar e vinha fazendo negócios com o José Janene”, assegura o advogado.

Saliba, que encontrou com o cliente pela última vez nessa segunda (20), disse que Pedro Corrêa está mais magro e abatido por causa da alimentação. Diabético, o pernambucano não pode seguir a dieta padrão da Polícia Federal, rica em carboidratos.

“Ele está muito preocupado com a questão de saúde porque lá em Canhotinho ele ficava mais perto do médico”, diz o advogado. Ele afirma que a medicação tem sido ministrada corretamente pelos carcereiros da Polícia Federal.

Pedro Corrêa foi alvo da 11ª fase da Operação Lava Jato e a cunhada do ex-deputado chegou a ser levada pela PF para prestar esclarecimentos por suspeita de ser uma das laranjas.

Na época, o filho dele, o advogado Fábio Corrêa Neto, prometeu processar o juiz federal Sérgio Moro, que está à frente das investigações.

No mesmo dia, o primo Clóvis Corrêa sugeriu que o pernambucano fizesse uma delação premiada porque ele seria capaz de "fechar a República". Juiz aposentado, Clóvis Corrêa disse que o ex-deputado tinha informações sobre a nomeação de Paulo Roberto Costa para uma diretoria da Petrobras pelo ex-presidente Lula (PT).

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