O ex-deputado pernambucano Pedro Corrêa preferiu ficar em silêncio durante o seu depoimento à CPI da Petrobras na Câmara Federal, na tarde desta terça-feira (12), no auditório do Foro da Seção Judiciária do Paraná. Corrêa, que foi condenado a 7 anos de prisão por envolvimento do Mensalão, foi transferido para a Superintendência da Polícia Federal em Curtiba há cerca de um mês.
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“Eu vou fazer isso (ficar calado) porque já estou bi-preso e não quero ficar tri-preso”, explicou o ex-deputado.
Apesar de se negar a dar explicações à CPI, Pedro Corrêa respondeu algumas perguntas e negou ter recebido R$ 5,3 milhões em propinas, como alega o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.
"Como é que eu podia ter recebido esse dinheiro se eu não era deputado na época e não tinha nenhuma influência no governo?", questionou Corrêa, ao responder a uma pergunta do deputado Celso Pansera (PMDB-RJ).
O peemedebista perguntou, então, se Paulo Roberto Costa havia mentido e se Corrêa tinha elementos para derrubar a deliação premiada dele. O pernambucano disse que sim.
Pedro Corrêa disse ter sido apresentado ao doleiro Alberto Youssef pelo ex-deputado José Janene, morto em 2010, e preferiu não responder se recebeu recursos dele.
Segundo a defesa, o dinheiro recebido por Corrêa seria fruto da venda de animais para Janene.
Nessa segunda (11), a Polícia Federal indiciou Pedro Corrêa, os seus filhos Fabio Corrêa e Aline Corrêa, e a nora dele, Márcia Corrêa, por envolvimento com os crimes investigados pela Operação Lava Jato.