Depois de ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por supostamente receber dinheiro desviado da Petrobras no esquema investigado pela Operação Lava Jato, o ex-deputado pernambucano Pedro Corrêa, ex-presidente do PP, vai depor, nesta terça-feira (11), à CPI da Petrobras, em Curitiba, onde cumpre prisão preventiva na Superintendência da PF. Além do ex-deputado, foram indiciados seus dois filhos, a ex-deputada Aline Corrêa e o advogado Fábio Corrêa, e a nora, Márcia Corrêa.
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Segundo o advogado de Pedro Corrêa, Michel Saliba, o indiciamento já era esperado e não muda a linha de defesa, segundo a qual o dinheiro recebido do doleiro Alberto Youssef era para pagar a venda de animais. "A Polícia Federal ficaria numa situação muito difícil. Depois de deflagrar uma operação, prender, passar mais de 30 dias preso, você não ia nem indiciar?", questiona.
O indiciamento significa que a Polícia Federal terminou o inquérito e acredita ter provas contra os investigados. O pedido será encaminhado para o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) que pode ou não pedir à Justiça uma denúncia contra eles. Ao todo, a PF indiciou 30 nomes.
O advogado afirmou que só iria se pronunciar sobre o indiciamento depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgasse a reclamação movida pela defesa que alega que o juiz federal do Paraná Sérgio Moro não tem competência para julgar Pedro Corrêa porque já há uma investigação em andamento no Supremo.
Saliba também disse ter entrado com um habeas corpus junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região com um pedido de liminar, mas que pelos precedentes, não acredita que ela seja concedida.
O JC tentou ouvir Fabio Corrêa e Aline Corrêa, mas não conseguiu contactá-los.