Em Olinda e em Jaboatão dos Guararapes, duas das principais cidades da Região Metropolitana, o número de servidores comissionados e contratados mudou pouco ao longo da última gestão. Mesmo assim, chama atenção a parcela de funcionários sem vínculo efetivo com a prefeitura que atua nas duas administrações.
A gestão do prefeito Elias Gomes (PSDB) em Jaboatão tem hoje 4.959 profissionais que exercem cargo de comissão ou que possuem contratos temporários. Esse número representa 46.4% dos 10.682 servidores que trabalham no município. Já o governo Renildo Calheiros (PCdoB), em Olinda, faz uso de 3.203 profissionais, entre comissionados e contratados. O contingente equivale a 41,8% das 7.659 pessoas que atuam na cidade.
A secretária de Planejamento e Gestão de Jaboatão, Mirtes Cordeiro, lembra que o número de funcionários sem vínculo efetivo com o município girava em torno de 5 mil antes de Elias tomar posse em 2009. “O trabalho da prefeitura avançou. Novos programas e novas secretarias foram criadas. A Secretaria de Ordem Pública é nova e a de Planejamento foi ampliada. Quando assumimos o governo, nós tínhamos menos programa, menos trabalho e mais cargos”, defende. Ela diz que também há uma preocupação com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Uma folha com todos os funcionários estáveis é uma folha muito pesada”, diz.
Já o secretário de Fazenda e Administração de Olinda, João Alberto Costa Faria refuta que o número de servidores fora do quadro seja muito elevado na cidade. “A prefeitura de Olinda tem essa característica de buscar muitos recursos fora do orçamento próprio. Então nós conveniamos bastante com o governo do Estado e com o governo federal. Como esses convênios têm natureza temporária, a necessidade impõe que você tenha a contratação de pessoas temporariamente para executar esses programas”, explica.
