Um dia após a denúncia da deputada estadual Priscila Krause (DEM) de que a Prefeitura do Recife reduziu em 98% os gastos com recapeamento asfáltico em 2015, o prefeito Geraldo Julio (PSB) garantiu ao JC, nesta quinta-feira (30), que retomará os investimentos mais pesados na área serão intensificados após o período chuvoso. Nessa quarta (29), rodoviários chegaram a protestar por causa da buraqueira em frente ao Terminal Integrado de Joana Bezerra, na área central da cidade.
"Durante o inverno, acontece sempre esse tipo de transtorno, a gente está tapando os buracos. E assim que o verão começar, a gente vai fazer os investimentos mais pesados para ir tapando esse passivo que a cidade tem"afirmou o socialista, após uma entrevista à TV Jornal.
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"Nós fizemos agora R$ 150 milhões de investimentos nesses dois anos e poucos meses que a gente está governando a cidade. Assim que acabar a chuva, a gente vai voltar ao programa de recapeamento e de troca de placas de concreto. Por enquanto, a gente está fazendo o tapa-buraco durante a chuva, que é o que é possível. Já foram fechados 8,9 mil buracos no Recife, somente esse ano", explicou.
Entre janeiro e junho desde ano, a PCR investiu R$ 1,195 milhões no serviço de recapeamento asfáltico. É o menor valor para a área desde 2002, quando os dados começaram a ser disponibilizados no Portal da Transparência. No mesmo período do ano passado, R$ 53,87 milhões haviam sido aplicados.
Questionado se o trabalho de recuperação asfáltica não deveria ter sido feito no início do ano, antes do período chuvoso, Geraldo Julio afirmou que esse é um trabalho que deveria ter sido feito há 30 anos. "Como eu só governo há dois anos e meio, eu só respondo por esses dois anos e meio. E fiz R$ 150 milhões de investimento. Mas assim que a chuva parar, a gente vai voltar a fazer recapeamento e tirar esse transtorno da cidade", disse.
Sobre a queda no valor investido, o prefeito afirmou que o dinheiro que já foi empregado na sua administração é superior ao que foi executado nos últimos dez anos. ""As ruas do REcife tinham cerca de 500 mil carros rodando há poucos anos atrás, há mais de dez anos atrás. Hoje, existe 1 milhão e 250 mil carros rodando. O fluxo de carga pesada também aumentou", lembrou o gestor.
"Não dá para, em 2,5 anos, resolver os problemas dos buracos e das vias da cidade. Até porque, muito do que foi feito, muitas vezes também é destruído por um conjunto de concessionárias que passam cabos, fios, dutos, encanações dentro das nossas ruas", explicou ainda.
