O lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016 para Pernambuco, no Palácio do Campo das Pricensas nesta sexta-feira (9), teve a participação do governador Paulo Câmara (PSB), do ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias e de representantes do Movimento dos Sem Terra no Estado e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape). O evento tornou-se palco para a defesa da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT).
Além de Patrus Ananias, que acusou a oposição de tentar impor um "complexo de vira-latas" ao País, Jaime Amorim, do MST-PE, defendeu Dilma após a presidente ter as suas contas de 2014 rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "Queria que o senhor levasse essa mensagem do povo sem terra, dos agricultores. Diga a Dilma, ministro, para não se intimidar com que o Tribunal de Contas fez. Ela tem que se orgulhar disso. Se o recurso utilizado fosse para o agronegócio e as grandes empresas não estariam discutindo. Estão discutindo e querem criminalizar porque o recurso foi para pagar o Bolsa Família, foi para o pobre. Chega de intolerância dos ricos”, falou.
Já o presidente da Fetape, Doriel Barros, focou seu discurso no Plano Safra e condenou, de forma velada, a postura da oposição ao govenro Dilma. "O Brasil está precisando de uma pauta positiva. Não podemos ficar a vida toda em torno do debate político da crise. Ela se resolve com capacidade, com determinação", declarou.
Após o evento, o governador classificou a rejeição de contas da petista pelo TCU como preocupante e disse que os socialistas levarão a decisão do TCU em conta na reunião da Executiva Nacional do PSB na próxima quarta-feira. Na ocasião, o partido vai definir se oficializa a postura de oposição ao governo petista e o caminho que tomará em relação ao processo de impeachment da presidente.
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Em conversa com a reportagem do Jornal do Commercio por telefone, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, não confirmou que a decisão sobre a postura do partido sairá na próxima quarta. "Faremos uma análise de agravamento da crise. Sempre estamos examinando o quadro. Infelizmente, esse governo não consegue criar uma notícia boa", falou.