Contas rejeitadas

Integrante do MST diz que Dilma deve se orgulhar com rejeição de contas pelo TCU

Para Jaime Amorim, há criminalização do governo por ajudar os mais pobres

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 09/10/2015 às 17:09
Roberto Pereira/SEI
Para Jaime Amorim, há criminalização do governo por ajudar os mais pobres - FOTO: Roberto Pereira/SEI
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O lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016 para Pernambuco, no Palácio do Campo das Pricensas nesta sexta-feira (9), teve a participação do governador Paulo Câmara (PSB), do ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias e de representantes do Movimento dos Sem Terra no Estado e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape). O evento tornou-se palco para a defesa da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT).

Além de Patrus Ananias, que acusou a oposição de tentar impor um "complexo de vira-latas" ao País, Jaime Amorim, do MST-PE, defendeu Dilma após a presidente ter as suas contas de 2014 rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "Queria que o senhor levasse essa mensagem do povo sem terra, dos agricultores. Diga a Dilma, ministro, para não se intimidar com que o Tribunal de Contas fez. Ela tem que se orgulhar disso. Se o recurso utilizado fosse para o agronegócio e as grandes empresas não estariam discutindo. Estão discutindo e querem criminalizar porque o recurso foi para pagar o Bolsa Família, foi para o pobre. Chega de intolerância dos ricos”, falou.

Já o presidente da Fetape, Doriel Barros, focou seu discurso no Plano Safra e condenou, de forma velada, a postura da oposição ao govenro Dilma. "O Brasil está precisando de uma pauta positiva. Não podemos ficar a vida toda em torno do debate político da crise. Ela se resolve com capacidade, com determinação", declarou. 

Após o evento, o governador classificou a rejeição de contas da petista pelo TCU como preocupante e disse que os socialistas levarão a decisão do TCU em conta na reunião da Executiva Nacional do PSB na próxima quarta-feira. Na ocasião, o partido vai definir se oficializa a postura de oposição ao governo petista e o caminho que tomará em relação ao processo de impeachment da presidente. 

Em conversa com a reportagem do Jornal do Commercio por telefone, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, não confirmou que a decisão sobre a postura do partido sairá na próxima quarta. "Faremos uma análise de agravamento da crise. Sempre estamos examinando o quadro. Infelizmente, esse governo não consegue criar uma notícia boa", falou.

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