Defesa da presidente

No Recife, ministro de Dilma diz que oposição quer impor "complexo de vira-latas" ao Brasil

Patrus Ananias também disse que atuará contra impeachment da presidente

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 09/10/2015 às 14:19
Agência Brasil/Antonio Cruz
Patrus Ananias também disse que atuará contra impeachment da presidente - FOTO: Agência Brasil/Antonio Cruz
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Presente no Palácio do Campo das Princesas para o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016 para Pernambuco, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, aproveitou a ocasião para defender a presidente Dilma Rousseff (PT) um dia após ela ter suas contas de 2014 rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). No discurso, o auxiliar da petista disse que era preciso afastar o "complexo de vira-latas" do País.

"Não podemos aceitar a campanha de negação do povo brasileiro. Estão conseguindo voltar para um sentimento muito ruim, que não podemos acolher. É o sentimento que o escritor Nelson Rodrigues chamava de complexo de vira-latas", disse. Em conversa com a reportagem, Patrus Ananias evitou direcionar as críticas para políticos específicos, mas mirou nos opositores da presidente. "Prefiro não nomear. Quem estiver com olhos e ouvidos abertos vai perceber claramente onde estão essas pessoas e forças que, a meu ver, não fazem oposição ao governo da presidente DIlma, mas ao Brasil", completou.

O ministro destacou que se reuniu com a presidente na última quinta-feira (8) e destacou que todos os auxiliares de Dilma estão empenhados em combater a possibilidade de impeachment da petista. "Tivemos uma reunião ministerial com a presidente e vamos afirmar nossa posição de defesa vigorosa da Constituição e da legalidade. Vai ser nessa perspectiva que vamos trabalhar e vamos também continuar implementando as nossas políticas públicas, obras e ações como estou fazendo hoje aqui em Pernambuco", decalrou. 

Patrus Ananias reconheceu que o Brasil passar por dificuldades, porém destacou que o governo federal tem condições de superar o momento atual e pediu a colaboração do governador Paulo Câmara (PSB). "Estamos caminhando, confiando no Brasil. Vamos fazer de Pernambuco um espaço exemplar de cooperação e solidariedade. Acreditamos que podemos vencer as dificuldades. Não vamos nos deixar nos dominar por esse sentimento. As dificuldades fazem parte do caminho e é com elas que nós vamos crescer", enfatizou.

O governador Paulo Câmara e integrantes de movimentos sociais ligados ao campo lembraram que o Nordeste passa por um período de cinco anos de seca e pediram mais apoio por parte do governo federal. Em resposta, Patrus Ananinas disse que a situação já havia sido pior antes do PT chegar ao poder. "Alguém disse aqui que há quase cinco anos de seca, mas nós não temos mais os flagelados no Nordeste, os retirantes, as vidas secas do escritor Graciliano Ramos e nem as mortes e vidas severinas do grande poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto. As pessoas estão ficando em suas terras com todas as dificuldades. Lá tem água, tem o Bolsa Família, uma rede de proteção social. não podemos esquecer as conquistas. Um milhão e meio de jovens, filhos e filhas de trabalhadores, na universidade", enumerou.

Antes de assumir o ministério de Desenvolvimento Agrário no govero Dilma Rousseff, Patrus Ananias já havia sido ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome na gestão do ex-presidente Lula (PT). "Quando o presidente Lula lançou o desafio de realizarmos o Fome Zero, muita gente achou que era fora da realidade. No ano passado, a FAO tirou o Brasil do mapa da fome, reconhecendo que o Fome Zero foi se concretizando e que estamos zerando a fome no Brasil. Também no governo Lula dissemos que íamos fazer um milhão de cisternas e hoje são 1,2 milhão", disse.

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