Terminou o "mistério" sobre a postura do PSB em relação ao governo Dilma Rousseff (PT). Em reunião nesta quarta-feira (14), a Executiva nacional decidiu ficar na independência à gestão petista e procurou dar uma roupagem diferente da que é usada pelo PSDB e DEM nas críticas à União. "A nossa decisão foi de ter o papel de independência crítica. Estamos na oposição desde que rompemos com o PT, mas a nossa forma de oposição é propositiva", falou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
Como resultado da reunião, os dirigente socialistas divulgaram um documento com críticas ao governo federal, sobretudo o pacote de ajuste fiscal criado recentemente. "Queremos uma nova forma de ajuste, diferente do que propõe o governo. Nossa proposta é que o ajuste valorize o investimento, a produção e o trabalho", declarou o presidente nacional do PSB.
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Recentemente, Carlos Siqueira informou que a bancada federal do PSB estava inclinada a apoiar o processo de impeachment da presidente, mas esse discurso começa a mudar. "O impeachment nunca foi uma bandeira do partido. A mudança pela mudança não interessa ao País", falou. No documento divulgado pelo partido, também há o reforço de que os socialistas lançarão candidaturass próprias nas capitais e cidades-polo de todos os Estados nas eleições de 2016 e na eleição presidencial de 2018.
Os socialistas também criticam em sua resolução política o fato do governo federal ter proibido Estados e municípios de terem acesso a operações de crédito. Essa, aliás, também é uma das reclamações do governador Paulo Câmara (PSB). Mais cedo, após um evento no Palácio do Campo das Princesas, ele disse que também aprova a questão da independência.
"O PSB tem um papel a cumprir nesse processo, um processo ainda confuso, que não se sabe como vai ser finalizado. A prudência, a racionalidade, os fatos em si, me levaram a externa minha posição que o partido continue mantendo a sua independência, buscando ajudar naquilo que for possível e também ser crítico naquilo que a gente entende que tem que ser crítico. Não devemos ser oposição por oposição. O PSB tem um papel, uma relevância e a manutenção da indpenedência com a postura crítica é o melhor caminho a ser tomado", falou.