Cinco centrais sindicais realizaram um movimento contra a onda de desemprego em Pernambuco na manhã desta segunda-feira (26) e levaram um documento ao Palácio do Campo das Princesas pedindo o apoio do governador Paulo Câmara (PSB) para superar os efeitos da crise econômica no Estado. Intitulado de "Grito das Centrais", o movimento é organizado por CTB, CGTB, Força Sindical, Nova Central e UGT. Os sindicalistas se reuniram no auditório da OAB, na Rua do Imperador, e seguiram em caminhada até à sede do Executivo estadual.
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Segundo o presidente da UGT, Gustavo Walfrido, o objetivo é chamar atenção para o momento de crise, principalmente para a onda de desemprego no Complexo Portuário de Suape, onde haviam quase 50 mil trabalhadores.
"A retomada da Refinaria Abreu e Lima, que a gente viu lá como foi feito lá, o descalabro, o desvio de recursos. E a classe trabalhadora não foi responsável e não participou da roubalheira que aconteceu lá em Suape e nem é responsável pela roubalheira que aconte hoje no Brasil. Mas nós é que pagamos a conta. Sempre quando existe esse tipo de processo de desvio de recursos, sempre quem paga a conta é o trabalhador", se queixou.
Walfrido também fez várias críticas ao governo federal, por causa dos ajustes no seguro-desemprego e na Previdência.
"Aqui ninguém está querendo botar ninguém pra fora. O objetivo desse movimento aqui e única e exclusivamente a defesa da classe trabalhadora e menos arrocho para os trabalhadores. Quem roubou, tem que ser preso. Se for governante, tem que ser deposto. O movimento sindical não aceita de forma alguma essa roubalheira que está acontecendo no país", disparou.
O grupo pretende levar o mesmo documento para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e para o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).