Entre os eleitores ouvidos pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), 29% aprovam a gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB), 31% desaprovam e 37% acham regular. Dois por cento dos entrevistados não responderam ou não têm opinião formada sobre a administração socialista. De maneira destrinchada, a pesquisa indica que o governo socialista no Recife é ótimo para 7% e bom para 22% dos entrevistados. Os que desaprovam o modo de governar de Geraldo se dividem entre os que veem a gestão como ruim (16%) e péssima (15%).
O IPMN também quis saber dos entrevistados se a crise econômica interferia de maneira negativa na administração de Geraldo Julio. Para 66% dos pesquisados, o prefeito tem sido prejudicado pelo cenário nacional e 26% disseram que não há relação entre os planos nacional e municipal. Nove por cento não sabiam ou não responderam.
Os pesquisadores ainda pediram para que os eleitores opinassem sobre duas afirmações. Quando confrontados com a declaração “Geraldo Julio poderia fazer mais pelo Recife, mas não fazia em razão da crise econômica nacional”, 52% concordaram com a frase, 17% concordaram parcialmente, 21,1% discordaram, 4,4% discordaram parcialmente e 5,4% não responderam ou não sabiam. Em relação à frase “Geraldo Julio poderia fazer mais pelo Recife, mas não faz em razão de não ser competente”, 23,6% concordaram, 14,9% concordaram parcialmente, 45,2% discordaram, 10,2% discordaram parcialmente e 6,1% não responderam ou não sabiam.
Na opinião do cientista político Adriano Oliveira, esses dados reforçam o atual favoritismo de Geraldo Julio em relação aos demais pré-candidatos. “Os eleitores reconhecem que o prefeito não faz mais em virtude da crise. Isso significa que se ele entregar determinadas obras e tiver uma boa estratégia chegará à eleição de outubro como favorito. Ele tem condições de criar uma conjuntura que lhe seja favorável, mas repito que não se deve desprezar o papel de Daniel Coelho e Priscila Krause como candidatos”, aponta.
A lista de débitos de Geraldo com os recifenses é formada, entre outros projetos, pela conclusão da segunda etapa da Via Mangue e do Hospital da Mulher e pela reforma do ginásio de esportes Geraldão. Todas essas obras precisam de recursos do governo federal para serem finalizadas. Para evitar problemas financeiros com a União, o prefeito abrandou o discurso em relação à presidente Dilma Rousseff (PT) na comparação com o ano passado e investiu na articulação política e em viagens a Brasília.