Eleições 2016

Pesquisa aponta favoritismo de Geraldo Julio na disputa pela prefeitura do Recife

Levantamento do Instituto Maurício de Nassau também mostra força de Daniel Coelho como pré-candidato

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 05/12/2015 às 12:00
Heudes Régis
Levantamento do Instituto Maurício de Nassau também mostra força de Daniel Coelho como pré-candidato - FOTO: Heudes Régis
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A menos de um ano das eleições municipais de 2016, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), é apontado como favorito para se reeleger de acordo com um levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal Leia Já e publicado em parceria com o Jornal do Commercio neste fim de semana. No primeiro cenário, o socialista lidera as intenções de voto com 25% e é seguido pelo ex-prefeito João Paulo (PT), com 16%, e pelo deputado federal Daniel Coelho (PSDB), com 12%. A deputada estadual Priscila Krause (DEM) aparece com 4%, o deputado estadual Edilson Silva (Psol) com 1% e o ex-vereador do Recife Sérgio Magalhães (PMN) com 0%. No segundo cenário, sem a presença de Daniel e Priscila, Geraldo aparece com 30% e João Paulo vai a 17%. O deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB) surge com 2% e Edilson Silva repete o índice de 1%.

“A pesquisa mostra claramente que em um conjuntura com menos candidaturas, com a ausência de Daniel e Priscila, a eleição tende a polarizar com o PT e acabar no primeiro turno. Com múltiplas candidaturas, exise uma forte tendência da eleição findar no segundo turno. Daniel e Priscila, mesmo ela com apenas 4% das intenções de voto, são atores chaves nesse processo, mas hoje Geraldo tem um leve favoritismo”, ressalta o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, que foi um dos coordenadores do levantamento.

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Os números da pesquisa explicam as constantes movimentações do PSB para garantir o apoio do PSDB em 2016 e minar a candidatura de Daniel. Este ano, por exemplo, o prefeito empossou Aline Mariano (PSDB) como secretária de Combate ao Crack. Por sua vez, Priscila, que foi líder da oposição a Geraldo na Câmara de Vereadores, terá que vencer a resistência do próprio partido se quiser se candidatar. Este ano, o DEM passou a integrar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Empreendedorismo da gestão municipal.

Embora em segundo lugar na pesquisa, João Paulo é o que tem o ambiente menos favorável de acordo com Adriano Oliveira. “Não me apresso em dizer que João Paulo entra derrotado, mas ele terá dificuldades enormes para vencer. O eleitor tem uma memória positiva dele quando foi prefeito, mas o seu desafio será o de aumentar essa intenção de votos diante de uma conjuntura extremamente desfavorável em razão da crise do PT nacionalmente”, pontua o cientista político.

Chama a atenção na pesquisa o número eleitores que não têm um candidato escolhido no momento. Quando questionados sobre a corrida eleitoral envolvendo o maior número de candidaturas, 42% dos entrevistados se dividem entre branco/nulo/nenhum e aqueles que não sabem em quem votar ou não responderam. Na consulta com menos candidatos, o índice de branco/nulo/nenhum e de pesquisados que não sabem em quem votar ou não responderam vai a 49%.

A pesquisa do IPMN ouviu 816 eleitores nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, tem um nível de confiança estimado de 95% e margem de erro de 3,5%. Nos dois cenários, a consulta foi estimulada, isto é, com a apresentação dos nomes dos pré-candidatos aos entrevistados. O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB), que até pouco tempo atrás vinha sendo cogitado como um possível rival de Geraldo Julio, não teve seu nome incluído no levantamento por ter descartado, recentemente, interesse na disputa municipal do próximo ano.

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