durante o recesso

Comissão da Alepe começa a fiscalizar combate à microcefalia em 10 de janeiro

Até o Natal, deputados vão tentar conversar com o secretário de Saúde. Uma das frentes de atuação será conhecer situações exitosas

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 22/12/2015 às 7:01
Foto: Roberto Soares/Alepe
Até o Natal, deputados vão tentar conversar com o secretário de Saúde. Uma das frentes de atuação será conhecer situações exitosas - FOTO: Foto: Roberto Soares/Alepe
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Instalada nessa segunda-feira (21), a comissão de deputados estaduais que vai acompanhar o trabalho de enfrentamento à microcefalia deve começar a vistoriar os hospitais de referência do Estado a partir do dia 10 de janeiro, ainda durante o recesso parlamentar. Antes do Natal, a deputada Socorro Pimentel (PSL), que presidirá o colegiado, espera se reunir com o secretário estadual de Saúde, José Iran da Costa Júnior, para tratar de temas como a inclusão de pediatras no Programa de Saúde da Família (PSF) do Estado. Segundo a deputada, demissões de médicos deixaram plantões de pediatria descobertos nas UPAs desde o início do ano.

“Chegaremos sem aviso prévio na hora do atendimento (às crianças e gestantes) para que não haja nenhuma maquiagem e que não seja jogado nada para debaixo do tapete”, explicou Socorro Pimentel. Depois dos hospitais de referência, como o Imip e o Getúlio Vargas, a comissão pretende vistoriar UPAs em Caruaru, Petrolina, Serra Talhada e Salgueiro, além das nove gerências regionais de saúde. O calendário de atuação será montado na próxima reunião do colegiado, na primeira semana de janeiro.

Relatora da comissão, a deputada Simone Santana (PSB) adiantou que uma das frentes de atuação será buscar experiências exitosas de combate ao mosquito aedes aegypit, transmissor da dengue e do zika vírus, associado à má formação craniana. Segundo a socialista, existem dois municípios em Pernambuco com incidência de dengue zerada há alguns meses: Riacho das Águas e Itapetim. As técnicas de controle biológico das duas cidades podem ser replicadas em outras regiões do Estado.

Além da microcefalia, os deputados ficarão atentos a outros problemas que possam estar relacionados ao zika vírus, como a hidrocefalia. “Em breve, muitos outros sintomas podem aparecer aumentando esse leque de complicações. O que está sendo visto é a ponta do iceberg, que é a diminuição do crânio, mais visível desde o ultra-som”, pontuo Socorro. “A gente não sabe ainda a real dimensão desse problema. É provável que até março muitas crianças nasçam com esse problema porque nós vivemos um período de epidemia de dengue que durou até junho”, alertou Simone.

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