Eleições municipais

Oposição aposta em múltiplas candidaturas para desbancar Geraldo Julio da Prefeitura do Recife

Pré-candidatos são entusiastas da estratégia, mas iniciativa não é consenso

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 20/02/2016 às 12:00
Cecília de Sá Pereira/Divulgação
Pré-candidatos são entusiastas da estratégia, mas iniciativa não é consenso - FOTO: Cecília de Sá Pereira/Divulgação
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Ainda não há um consenso na oposição se as múltiplas candidaturas são o melhor caminho para o embate com o prefeito Geraldo Julio (PSB) nas eleições de outubro. Entre os principais pré-candidatos, no entanto, a maioria vê a estratégia com simpatia. 

Para a deputada estadual Priscila Krause (DEM), que pretende entrar na briga eleitoral na faixa oposicionista embora pertença a um partido da base  de Geraldo, quanto mais nomes melhor. “As múltiplas candidaturas  possibilitam jogar a eleição para o segundo. Se elas também  se propuserem a discutir a cidade isso trará uma riqueza maior para o debate político”, avaliou.



Também integrante de um partido aliado do prefeito, mas efetivamente na oposição, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) comunga da opinião de Priscila.  “Na última eleição, se tivessem mais candidatos competitivos, eu teria ido para o segundo turno. Acredito que é vantajoso para oposição”, disse. O tucano se referiu ao pleito de 2012 quando ficou na segunda colocação.

O deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB) vai batalhar pela pulverização de nomes porque assim não corre o risco de perder terreno para o possível candidato do PT uma vez que ambos, em tese, vão brigar pela atenção do mesmo eleitorado. “As múltiplas candidaturas valorizam o debate sobre a cidade. Defendemos essa estratégia independente da coloração partidária”, falou.

Se Silvio Costa Filho sair de cena, o beneficiado pode ser o presidente da Sudene, João Paulo (PT). O petista foge de polêmica. “O PTB foi solidário ao PT, mas a gente também foi a eles. É prematuro amarrar uma decisão agora. A ideia predominante, das múltiplas candidaturas, pode mudar”, disse.

Já o deputado estadual Edilson Silva (Psol) vê “mais do mesmo” na lista de pré-candidatos. “O fato de ter muitas candidaturas não quer dizer que você tem um leque de opções. Boa parte das candidaturas é de partidos que já governaram a cidade e são responsáveis pelos  problemas que nós temos”, opinou.

A reportagem do Jornal do Commercio procurou a direção do PSB-PE para saber até que ponto a estratégia das múltiplas candidaturas poderia atrapalhar ou facilitar a reeleição de Geraldo Julio, mas não obteve retorno.
Na visão  do cientista político Maurício Romão,  o maior número de candidatos competitivos pode representar  risco para o atual prefeito. “Um especto maior de candidaturas fraciona os votos e a eleição tem mais chances de ir para o segundo turno”, avaliou.

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