FINANÇAS

Governador cobra precisão de Dilma e se diz cansado, mas desconversa sobre a Arena Pernambuco

"To cansado porque eu gosto de trabalhar com objetividade, com repostas, é isso que a gente espera. E o que a gente espera desde 2015 são respostas: sim ou não", afirmou Paulo Câmara

MARCOS OLIVEIRA
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MARCOS OLIVEIRA
Publicado em 03/03/2016 às 12:43
Foto: Alexandre Gondin/ JC Imagem
"To cansado porque eu gosto de trabalhar com objetividade, com repostas, é isso que a gente espera. E o que a gente espera desde 2015 são respostas: sim ou não", afirmou Paulo Câmara - FOTO: Foto: Alexandre Gondin/ JC Imagem
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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou que está “cansado” de ir até Brasília, atrás de recurso e liberação para operações de crédito, e não ter nenhuma resposta do Governo Federal e da presidente Dilma Rousseff. “To cansado porque eu gosto de trabalhar com objetividade, com repostas, é isso que a gente espera. E o que a gente espera desde 2015 são respostas: sim ou não. O ministro da Fazenda Nelson (Barbosa) prometeu em janeiro uma definição rápida. Na última reunião colocou o mês de março como um mês definidor”, afirmou na manhã desta quinta-feira (3), ao ser perguntado com que ânimo ele iriá nesta sexta-feira (4) se encontrar com a presidente.



“Eu espero é que diga sim ou não. Se for não, é muito ruim para o país, é muito ruim para população, para os Estados. Se for sim, a gente vai trabalhar para investir, gerar emprego para que o país saia deste momento”, afirmou.

A declaração foi dada no Palácio do Campo das Princesas, após a convocação de 2.560 profissionais de saúde, que  atenderão na assistência aos pacientes com zika, chikungunya, dengue, além das crianças com microcefalia. Na última terça-feira, o socialista se encontrou com o ministro Nelson Barbosa, e outros governadores do Nordeste para tentar avançar na liberação das operações de crédito, porém o que conseguiu foi a reunião com Dilma. As operações de crédito são importantes para tentar alavancar a economia de Pernambuco, que com a crise nacional tem perdido arrecadação e receita. A receita de Pernambuco em 2015 foi R$ 1,529 bilhão menor do que 2014 no comparativo entre janeiro e novembro com 2014.

Mesmo cobrando definição da presidente Dilma, o governador não conseguiu precisar sobre um tema polêmico que afeta sua administração: o contrato da Arena Pernambuco. O governador foi perguntado três vezes seguidas sobre prazos para que uma decisão sobre a  Parceria-Público-Privada (PPP) fosse anunciada, mas respondeu todas com um “em breve”.

Evitando comentar sobre um processo que ele havia garantido que seria definido até o fim de janeiro passado. No ano passado, o governo do Estado encomendou à Fundação Getúlio Vargas (FGV) um estudo sobre o contrato da Arena, empreendimento construído por meio de uma  PPP com um consórcio liderado pela Odebrecht. O documento foi entregue em dezembro e agora cabe a Paulo Câmara escolher qual a melhor opção em relação ao estádio.

Entre as saídas possíveis estão a rescisão do contrato, um acordo para que o Estado diminua o valor dos repasses à Odebrecht ou a realização de uma nova licitação para que um outra empresa assuma a administração da Arena.

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