crise política

Bancada de PE votará dividida em eleição pela presidência da Câmara

No segundo turno, Câmara deve se dividir em pró e contra centrão

Paulo Veras
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Publicado em 13/07/2016 às 7:23
Foto: Agência Câmara
No segundo turno, Câmara deve se dividir em pró e contra centrão - FOTO: Foto: Agência Câmara
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Pulverizada entre diversas candidaturas, a bancada de Pernambuco deve votar dividida na corrida para eleger o sucessor de Eduardo Cunha na presidência da Câmara. No segundo turno, porém, a expectativa é que todos se aglutinem em dois grupos: os que votarão no representante do centrão, núcleo ligado a Cunha, e os que apoiarão um nome adversário.

“Nosso principal objetivo continua sendo derrotar o candidato de Cunha e Temer”, admitiu Luciana Santos, presidente do PCdoB. O partido se reúne hoje, antes da votação, para bater o martelo, mas estuda endossar o nome de Marcelo Castro (PMDB), ex-ministro da presidente Dilma Rousseff (PT) que votou contra o impeachment.

“Não voto no candidato do Centrão e nem no candidato do PSB, que fez uma traição e voto pelo impeachment de Dilma”, adiantou Silvio Costa (PTdoB), dividido entre Castro e Rodrigo Maia, que apesar de ser do DEM, é visto com bons olhos pelo ex-presidente Lula como alternativa para derrotar o governo.

Nessa terça-feira (12), os secretários estaduais de Cidades, André de Paula (PSD), e de Transportes, Sebastião Oliveira (PR), foram exonerados dos cargos para reforçar a votação dos colegas Rogério Rosso (PSD-DF) e Giacobo (PR-PR); ambos do centrão. Eles tiraram da votação Guilherme Coelho (PSDB) e Severino Ninho (PSB).

No PSB, a bancada resolveu votar unida em Julio Delgado (PSB-MG), que disputou contra Cunha em 2011 e teve 100 votos. “Como a eleição vai ser muito pulverizada, há uma expectativa de que quem tiver entre 80 e 100 votos vai estar no segundo turno. Aí, vai ser nós contra eles. Quem é a favor e quem é contra a continuidade do que aconteceu na presidência de Eduardo Cunha”, revelou Danilo Cabral (PSB).

o PSDB se reuniu ontem com todos os candidatos para ouvir propostas e fechar questão como partido. Maia, Esperidião Amin (PP-SC) e Rosso têm mais adesão entre os tucanos. “Estamos cobrando dois compromissos: colocar na pauta a cassação de Eduardo Cunha e garantir a instalação da CPI da UNE”, contou Daniel Coelho (PSDB).

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