eleições 2016

João Paulo não confirma uso de imagem da agressão no guia

Ao sair da delegacia de Boa Viagem, candidato disse que irá analisar o fato

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 08/09/2016 às 17:07
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Ao sair da delegacia de Boa Viagem, candidato disse que irá analisar o fato - FOTO: Foto: Reprodução
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Ao deixar a Delegacia de Boa Viagem, onde prestou queixa por agressão contra o economista Bruno D'Carli, o candidato do PT à Prefeitura do Recife, João Paulo, afirmou que ainda não definiu se usará as imagens em seu guia eleitoral. Na delegacia, foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). 

"Estou aqui como cidadão que foi agredido. Isso aqui não faz parte de uma campanha eleitoral, apesar de ter sido em um momento eleitoral. Quanto ao uso, não vou definir agora. Tem que ver porque isso deu uma repercussão em todas as redes sociais e chamou a atenção", disse João Paulo.

Na campanha de 2000, quando o petista foi eleito pela primeira vez para o cargo, o seu principal adversário, Roberto Magalhães (na época PFL, atual DEM), irritou-se com militantes do PT durante uma carreata na Avenida Boa Viagem, uma semana antes do 1º turno. A cena foi flagrada pela equipe do PT e entrou no guia eleitoral no mesmo dia.

João Paulo afirmou que o economista iniciou as agressões. Ele passou já agredindo, dizendo que tem ódio ao PT, que o PT está na lama. Raramente a gente tem encontrado uma agressão e fica por isso mesmo. Só que depois, quando nós não estávamos esperando, ele veio e disse 'Vou dar uma bofetada em você' e partiu para a agressão", declarou. A confusão ocorreu no restaurante Tio Armênio, no RioMar.

"O comportamento dele foi um comportamento muito anormal em relação ao que nós temos encontrado no resto da cidade", acrescentou o petista. O economista também prestou queixa contra o prefeiturável e afirmou que João Paulo o agrediu primeiro. 

Assista à entrevista concedida por João Paulo logo após prestar queixa:


DELEGACIA

O delegado Joel Venâncio, responsável pelo caso, afirmou que foi lavrado um Termo Circustanciado de Ocorrência (TCO) contra o economista. Segundo o delegado, ele pode responder pelos crimes de injúria e ameaça. “Estou solicitando as imagens do shopping e do restaurante. As que já foram apresentadas mostram uma agressão clara. Mostrei ao Bruno e ele confessou que xingou e partiu para agredir João Paulo”, disse o delegado.

Joel Venâncio deu detalhes do depoimento do economista. “Ele (Bruno) disse que tinha ódio do PT e eu até afirmei para ele que isso não é justificativa para agredir alguém. Não mostrou arrependimento em nenhum momento. Muito pelo contrário. Ficou maldizendo o Partido dos Trabalhadores o tempo todo”, relatou.

Venâncio frisou ainda que tentou achar uma solução entre os dois, sem sucesso. “Falei com João Paulo para ver se tinha a possibilidade de ter uma conciliação entre as duas partes, mas ele me disse que ficou muito chocado com a atitude violenta do homem e que iria processá-lo para inibir qualquer ação semelhante durante a campanha”, continuou o delegado.

O caso será levado ao Juizado Especial Criminal. Se for condenado, Bruno D’Carli pode pegar uma pena de até um ano de prisão. O delegado disse ainda que, no Juizado, haverá uma proposta de transação penal, porque os crimes são considerados de pequeno porte. “Pedi para certificar nos autos que o Bruno se recusou a assinar o TCO, pois se considerava uma vítima”, finalizou.

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