Após rasgar o verbo contra a gestão do PSB e de Geraldo Julio, o senador Armando Monteiro (PTB) saiu em defesa do candidato a prefeito do Recife João Paulo (PT). Em entrevista á Rádio Jornal, o senador disse que não é justo repudiar a campanha do petista por causa do partido, afirmando que o eleitor precisa analisar João Paulo e Geraldo Julio como gestores.
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“As pessoas são testadas verdadeiramente quando estão no poder. João Paulo foi prefeito por oito anos, foi um bom prefeito. Olhou para as população carente, mas criou posturas que dialogam com a classe média”, defendeu. Nesse sentido, o senador citou obras como o ordenamento dos transportes clandestinos e a orla de Boa Viagem.
Armando defendeu ainda que João Paulo sempre foi um prefeito atuante e dialogou com vários setores, como o setor produtivo e com a construção civil, além de realizar várias parcerias com Jarbas Vasconcelos, que à época era governador e de partido diferente do petista.
Para Armando Monteiro há espaço para João Paulo vencer o segundo turno. O senador disse que as pessoas que votaram em Daniel Coelho (PSDB) e Priscila Krause (Dem), por exemplo, não se identificam com a gestão de Geraldo Julio (PSB) e podem debater João Paulo sem preconceitos.
Segundo ele, o sentimento anti-PT é um dado presente e indiscutível, mas que apesar do apoio dos partidos os candidatos do primeiro turno não se aliaram ao socialista. “Sabe porquê eles não se aliaram? Porque quem fez a melhor crítica da gestão de Geraldo, foram os candidatos do Dem e PSDB Priscila e Daniel” afirmou.
Governo Temer
Durante a entrevista, o senador se posicionou a favor da PEC do teto dos gastos públicos, por acreditar que essa é a única saída para estabilizar as dívidas: “Como o presidente se declara não candidato a reeleição, já que ele tem um déficit de identidade, é o compromisso dele com as reformas que o país precisa que ele tem que defender. A PEC é a única forma de pequeno a médio prazo de estabilizar a dívida pública. Eu espero que esse governo possa fazer aquilo que estiver ao alcance para estabilizar as dívidas. E tem o meu apoio”.
Planos e Projetos
Armando avaliou que não tem nenhum projeto próprio em andamento, mas está a disposição do que chamou de “forças independentes” em Pernambuco para acabar com o domínio de “forças” que querem dominar o Estado. “Espero que a gente possa integrar uma grande frente que possa bater de frente”. Questionado se falava dos Lyras e do PSDB, Armando despistou e disse que aliança pode ser expandida.