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'Precisa ser feito', diz Paulo Câmara sobre reforma da Previdência

O governador Paulo Câmara se encontrou com o ministro Paulo Guedes e disse que a proposta de reforma será apresentada aos governadores dia 20 de fevereiro

Da editoria de Política
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Publicado em 06/02/2019 às 14:03
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O governador Paulo Câmara se encontrou com o ministro Paulo Guedes e disse que a proposta de reforma será apresentada aos governadores dia 20 de fevereiro - FOTO: Foto: Diego Nigro / JC Imagem
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Após encontro com o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quarta-feira (6), o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que o governo federal deve apresentar a proposta de reforma da Previdência aos governadores no dia 20 de fevereiro. Mesmo sendo de um partido de oposição, Câmara reconheceu a necessidade de mudar as regras de aposentadoria, mas frisou que tem resistência a algumas alterações, como nos benefícios a idosos de baixa renda.

A estratégia de Paulo Guedes é que os governadores mobilizem as bancadas estaduais no Congresso a favor da proposta. "Todos sabemos da necessidade de fazer reforma. O meu partido tem objeção a alguns pontos, que foram colocados lá atrás, (como) a preocupação com essa questão da aposentadoria dos trabalhadores rurais e do BPC (benefício de prestação continuada, para idosos de baixa renda). Tudo isso a gente precisa conhecer. Mas não tem como dizer que não há necessidade de reforma. Tem e precisa ser feito, até porque o déficit previdenciário é muito forte. No caso de Pernambuco, foi de R$ 2,6 bilhões", disse Câmara a jornalistas, após a reunião.

SERVIDORES ESTADUAIS

Paulo Câmara também destacou a necessidade de discussão sobre rever aposentadoria dos servidores estaduais. "Evidentemente, essa conta não fecha. (A discussão tem que ser) via Congresso Nacional, porque é o fórum adequado de discussão. Os estados não podem mexer se a Constituição Federal não for mexida antes", afirmou.

PACTO FEDERATIVO

De acordo com o governador, Guedes também demonstrou interesse em aprofundar o debate acerca do Pacto Federativo, um pleito antigo de governadores e prefeitos, interessados em receber uma fatia maior dos recursos arrecadados pela União com impostos. "Ele (Guedes) entende que o Brasil tem uma concentração de recursos muito grande na União, fato que não ocorria desde o regime militar. Ele reforçou que tem uma visão federativa que agrada aos governadores e prefeitos, pois todos defendemos que haja uma discussão muito mais forte para que tenhamos instrumentos melhores para governar", declarou Paulo.

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