Como resposta à Operação Harpalo, deflagrada na manhã desta terça-feira (26) pela Polícia Civil e ligada ao Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), a prefeitura de Camaragibe afirmou que vai esperar a finalização das investigações para que "todas as medidas legais e necessárias sejam tomadas".
Ainda segundo a nota, encaminhada pela assessoria, todos os processos de licitação têm sido realizados de "forma transparente e legal".
"Tudo gira em torno do prefeito (Demóstenes Meira (PTB)) e da gestão dele. Apreendemos carros de luxo e diversos documentos. A investigação ganhou maior capilaridade hoje, com essas buscas", disse o delegado que participou da operação Jean Rockfeller em entrevista nesta terça. Além de Camaragibe, foram cumpridos mais quatro mandados nos municípios pernambucanos de São Lourenço da Mata, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Gravatá e dois no Rio Grande do Norte.
Ainda na manhã desta terça-feira (26), os vereadores que compõem a Câmara Municipal da cidade aproveitaram para se reunir e discutir a situação do município e as polêmicas que envolvem o gestor.
"Camaragibe está passando por um momento que, durante 30 anos, nunca se viu a cidade chegar ao ponto que chegou hoje. Então precisamos entrar em um consenso em prol da cidade de Camaragibe", disse o vereador Toninho, líder da oposição da Casa.
Confira a nota completa
"A respeito da Operação Harpalo da Polícia Civil em Camaragibe, a Prefeitura Municipal esclarece que todos os processos de licitação têm sido realizados de forma transparente e legal. O órgão municipal irá aguardar as investigações para que todas as medidas legais e necessárias sejam tomadas, a fim de que tudo seja esclarecido."
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Operação
Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Civil de Pernambuco deflagrou a 25ª Operação de Repressão Qualificada de 2019. Denominada "Hárpalo", a ação, ligada ao Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), cumpre mandados na Prefeitura de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife.
A ação conta com a atuação de 90 policiais, entre delegados, agentes e escrivães. Além dos policiais, dois auditores do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) atuam na operação.
Segundo a Polícia Civil, as investigações que deram origem à operação policial começaram em dezembro de 2018. A "Hárpalo" tem como objetivo prender integrantes de uma organização criminosa responsável pelos crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Até o momento, a polícia não divulgou nome algum.
Na ação estão sendo cumpridos dois mandados de medida protetiva, 11 mandados de busca e apreensão, duas suspensões de atividades empresariais e um afastamento cautelar, expedidos pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Os detalhes preliminares da ação serão divulgados na manhã desta quarta-feira (27) na sede do Draco, em Tejipió, Zona Oeste do Recife.