Atualizada às 13h54
Seguindo a tradição de realizar manifestações no dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador, sete centrais sindicais e movimentos sociais realizam um ato unificado na manhã nesta quarta-feira (1º) na Praça do Derby, tendo como tema central o posicionamento contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). A defesa da liberdade do ex-presidente Lula, preso desde abril de 2018, e a luta contra a privatização de estatais como Correios, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal se juntam a pauta de reivindicações. Também foi marcada para o dia 14 de junho a greve geral convocada pelas centrais sindicais.
Na concentração na Praça do Derby, trio elétrico, apresentações culturais e venda de livros, bottons e camisas. "Se a Reforma da Previdência passar, ninguém vai se aposentar" e "Fora Bolsonaro", diziam alguns cartazes no local.
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Na visão do presidente do PT-PE, Glaucus Lima, esse dia histórico deve ser marcado pela reivindicação de direitos pela classe trabalhadora. "Hoje nós temos que ir a luta para impedir que haja retrocessos importantes nesse país. A Reforma da Previdência é uma delas, que não só retira os direitos dos aposentados, acaba com o sistema público de previdência e joga na miséria milhões e milhões de pessoas, inclusive as próximas gerações, na pobreza na sua velhice, sem nenhum tipo de amparo do estado", afirmou o recém-eleito presidente do PT-PE, Glaucus Lima.
"Hoje, há um desemprego muito grande no Brasil, há muita mão de obra muito subutilizada e há uma ameaça ao direito da previdência dos trabalhadores e essa é uma bandeira que unifica todos os trabalhadores brasileiros, todas as centrais, a luta contra a proposta de previdência que retire o direito dos trabalhadores a ter uma velhice com dignidade", afirmou o vereador e ex-prefeito do Recife, João da Costa (PT).
Educação
A ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) e deputada Teresa Leitão (PT) ressalta além das questões que unificam as centrais sindicais durante o ato, as reivindicações específicas das categorias presentes. "A nossa, por exemplo, da educação, é uma categoria que está sendo atacada duplamente. Nós estamos tendo o desmonte da educação a partir da restrição de recursos, dos cortes orçamentários e de uma intervenção pedagógica e ideológica desastrosa. Você dizer que precisar tirar filosofia e sociologia da organização curricular das escolas é um descalabro. Você dizer que universidades fazem balbúrdia. O que é balbúrdia? Balbúrdia é o que o MEC está fazendo contra todos nós. Você permitir que professores sejam desacatados, até presos, demitidos de escola, perseguidos até presos porque não tem mais liberdade de cátedra, disse a parlamentar.
Ela faz referência a uma declaração do novo ministro da Educação, Abraham Weintraub sobre cortes de verbas para universidades com baixo desempenho acadêmico e que estiverem promovendo "balbúrdia". Posteriormente, o Ministério da Educação (MEC) recuou e propôs um corte linear de financiamento para todas as universidades.