PREVIDÊNCIA

'Esperança é a última que morre', diz presidente da Amupe sobre estados e municípios na reforma

O prefeito José Patriota classificou como 'anomalia jurídica' a aprovação da reforma apenas com segurados do INSS

JC Online
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Publicado em 09/07/2019 às 10:47
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Segundo José Patriota, presidente da Amupe, pesquisas apontam que a população não deseja eleições em 2020 - FOTO: Foto: Reprodução do Facebook
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O presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e prefeito de Afogados da Ingazeira, no Sertão do Estado, José Patriota (PSB), afirmou na manhã desta terça-feira (9) que mantém a esperança de ver estados e municípios reincluídos na reforma da Previdência, que começa a ser discutida no Plenário da Câmara dos Deputados nesta terça. Na última quinta-feira (4), o texto-base aprovado na comissão especial retirou estados e municípios das novas regras de aposentadoria.

“A nossa esperança está mantida. É difícil, é uma batalha, por isso estamos mobilizando o Brasil inteiro, todos os outros estados, porque a esperança é a última que morre. Enquanto não houver votação no Plenário, a gente não desiste”, afirmou José Patriota, que acredita que os deputados reavaliaram a decisão da comissão especial.

O prefeito ainda disse que o Partido Novo deve apresentar um destaque  nesta terça visando reinserir estados e municípios na reforma. Para o presidente da Amupe, a reinclusão é necessária para garantir a unificação da Previdência, como sistema nacional, com o objetivo de evitar problemas no futuro.

“Eu sempre digo que [a Previdência] é semelhante o Sistema Único de Saúde, onde você divide responsabilidades, recursos e atribuições com a União, com os estados e municípios.  Se [estados e municípios] ficarem de fora, isso prejudica os servidores. Por isso, estamos pensando no futuro, para termos uma Previdência pública integrada e unificada para evitar desencontros no futuro”, disse o presidente da Amupe, que classificou como “anomalia jurídica” a aprovação da reforma apenas com segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

'Desastre'

Patriota também falou que haverá um “desastre” nas contas públicas das cidades, se elas não forem contempladas pela reforma. Na visão do prefeito, a inclusão dos municípios nas novas regras de aposentadoria não recuperaria imediatamente seus cofres, mas criaria uma perspectiva de sustentabilidade fiscal para eles.

“Se os municípios continuarem de fora é um desastre. Não que a gente vá ter dinheiro de imediato para suprir  os fundos que já estão deficitários, mas cria uma perspectiva para o futuro dos servidores que estão há pouco tempo na Previdência ou daqueles que ainda vão ingressar no serviço público. [Com os municípios na reforma] você cria  perspectiva de sustentabilidade, de viabilidade econômica. Se não entrarem, o desastre será maior”, falou Patriota.

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