ELEIÇÕES 2020

'Legado do PT e PSB é muito fraco', diz Mendonça Filho

Mendonça Filho vê espaço para a oposição no Recife e se coloca na disputa

JC Online
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Publicado em 17/09/2019 às 10:36
Foto: Ashley Melo/Acervo JC Imagem
Mendonça Filho vê espaço para a oposição no Recife e se coloca na disputa - FOTO: Foto: Ashley Melo/Acervo JC Imagem
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“Não me coloco como inevitável”. É o que defende o ex-governador do Estado e ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), sobre a disputa pela Prefeitura do Recife nas eleições de 2020. Apesar de o bloco de oposição ao projeto político do PSB não ter fechado um consenso se haverá ou não múltiplas candidaturas, Mendonça aposta no sentimento de renovação e alternância de poder. “Acredito que há um espaço muito grande para um projeto de oposição no Recife. O legado da gestão do PT e PSB é muito fraco, por isso vamos buscar apresentar propostas e caminhos que posicionem a capital pernambucana de volta à condição de liderança e destaque que sempre teve no Nordeste e no Brasil”, declarou, referindo-se à intenção dos socialistas em lançar o deputado federal João Campos (PSB) para a sucessão do prefeito Geraldo Julio (PSB).

Além de colocar seu nome à disposição para o pleito municipal, o ex-ministro também cita outros prefeituráveis, como os deputados federais Daniel Coelho (Cidadania), Sílvio Costa Filho (Republicanos), e a deputada estadual Priscila Krause, sua correligionária. “O bloco de oposição, que deu sustentação na última eleição para o Estado, tem que estar ao máximo unido. Nem mesmo a desvantagem no tempo de televisão será empecilho para nós”, afirmou em entrevista ao JC na tarde desta segunda-feira (16).

“E não me coloco como um primeiro nome, mas defendo que possamos ter unidade para enfrentar uma máquina eleitoral poderosa”, completou.

Dentre as críticas tecidas por Mendonça Filho sobre o legado socialista no Recife, ele fala sobre a falta de manutenção da cidade, em termos de limpeza urbana, mobilidade, educação e saúde. “Os projetos de mobilidade são inconclusos, a educação pouco evoluiu nestes últimos anos. Sem falar que Recife deixou de ser uma capital turística. Então, nós temos uma agenda muito ampla para apresentar contra a lógica do PSB que é anti-produtiva e anti-empreendedora”, disparou.

De acordo com Mendonça Filho, que também é o presidente do Diretório Estadual do DEM, o partido tem como principal estratégia fortalecer as bases em municípios estratégicos, como Jaboatão dos Guararapes, onde irá apoiar a reeleição do prefeito Anderson Ferreira (PL); Caruaru, também em apoio a reeleição da prefeita Raquel Lyra (PSDB); e em Petrolina, com Miguel Coelho (sem partido).

Miguel Coelho

Sobre o prefeito de Petrolina que irá disputar o seu segundo mandato, o democrata afirma que as portas da sigla estão de portas abertas. “Os dois irmãos dele são deputados pelo DEM, então, é algo absolutamente normal que ele possa optar pelo nosso partido. Mas deixo ele muito à vontade para que essa decisão seja refletida, ele tem um prazo até abril para decidir”, ressaltou.
O que não passará despercebido é o PSL no palanque. Com objetivo de disputar a chefia do Executivo em 25 municípios e ampliar de três para 15 prefeitos em todo o Estado, o DEM enxerga a importância de ter o PSL como uma “força política expressiva”.

“Leve-se em consideração que o presidente Jair Bolsonaro teve 43% dos votos no primeiro turno e 47% no segundo, não dá para desconsiderar esse fato. Agora, para mim, o debate tem que ser focado no Recife. Já assistimos muitas vezes a técnica do PSB, de terceirização da culpa e das responsabilidades pelos erros cometidos, tanto a nível estadual, quanto local”, declarou Mendonça.
Atualmente, o DEM ocupa a prefeitura dos municípios de Macaparana, com Maviael Cavalcanti; Bodocó, com Túlio Alves; e Cupira, com Zé Maria.

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